Contente pela vitória, ainda na incógnita quanto ao título de Construtores da Mercedes que só mais tarde seria confirmado, Lewis Hamilton só lamentava o abandono tão prematuro do colega de equipa: «Gostava de ter tido um bom duelo com o Nico… Estávamos tão perto e achava que íamos ter uma corrida fabulosa, foi uma pena a equipa ter perdido um carro, ia ser uma corrida fabulosa para nós e para os fãs!».
De resto, para a sua 42.ª vitória não encontrou problemas de maior. «Tive um carro fantástico, nas últimas voltas só pensava no sonho que é guiar para esta equipa e ter um carro destes nas mãos… É verdade que a asa traseira causou alguma preocupação na fase final, a traseira do carro ficava muito solta», comentou Hamilton que explicou: «Mesmo estando na frente, esta é uma corrida sempre difícil, tentar não cometer erros, em especial nas travagens, tentar não blocar as rodas que é a última coisa que queremos quando só pretendemos fazer uma paragem».
Mais que o quarto pódio consecutivo, a subida ao 2.º lugar do Mundial deixou Sebastian Vettel particularmente satisfeito, se bem que continue consciente da distância que separa Ferrari da Mercedes: «Foi uma boa corrida, o carro esteve fantástico e sempre a melhorar. Ainda cheguei a pensar apanhar o Lewis, mas ele tinha um ritmo muito forte. Acho que ele não estava a forçar o máximo que podia, era claramente o mais rápido por isso mereceu ganhar», disse o alemão.
A corrida russa voltou a deixar as hostes ferraristas animadas com o caminho percorrido até aqui. «O nosso objectivo é que no próximo ano consigamos dar-lhes bastante mais trabalho! Para já eles ainda estão um pouco à nossa frente mas acho que estamos a fazer um bom trabalho para nos aproximarmos», finalizou Vettel.
A grande jogada que foi trocar de pneus na altura do segundo Safety Car pareceu condenada ao fracasso até que um fantástico «jackpot» caiu no colo de Sergio Perez que voltou ao pódio (o seu 5.º), depois do Bahrain-2014: «É fantástico estar de volta ao pódio! A uma volta do fim parecia que tudo estava perdido e sentia-me infeliz comigo próprio. Mas, depois, também pensei que tinha dado tudo, não podia fazer mais nada, tinha feito muitas voltas e tinha muita degradação no pneu da frente-direita… Depois, sucedeu aquilo e é fabuloso dar um pódio a esta fantástica equipa!»
O piloto mexicano estava eufórico por a jogada tão arriscada ter corrido bem: «Estou tão feliz e orgulhoso da minha equipa! Temos tido azares vários nas últimas corridas mas hoje calhou-nos a nós! Foi uma aposta arriscada e cheguei a pensar se não teria de parar outra vez, poderia ter sido um desastre… Estava a controlar mas tinha de travar com muito cuidado para não blocar rodas, o que é muito fácil quando há tão pouca borracha no pneu... Agora, só espero no México poder fazer algo semelhante, estamos a progredir na equipa e temos uma grande era à nossa frente!».