Que se passa com os alemães?! E o que aguardará, este fim-de-semana, os pilotos em Hockenheim?! Bancadas… vazias?! Os alemães desligaram-se da Fórmula 1?... Sabia-se já que a venda de bilhetes para este regresso do Mundial de Fórmula 1 à Alemanha e a Hockenheim andava pelas ruas da amargura. Mas uma imagem colocada já hoje, no Twitter, por um jornalista é deveras preocupante…
Uma parte importante da imponente bancada do «Motodrom» – habitualmente referido apenas como Estádio – está coberta com enormes lonas publicitárias, dando a entender que estará fechada ao público, quando noutros anos sempre esteve repleta de gente! E o mais estranho é ser a bancada que fica à saída da primeira curva, uma das mais apetecíveis, por ser de onde se vê melhor a discussão da partida!
O que só vem confirmar o que já se sabia: a venda de bilhetes estava tão fraca que já havia… saldos, com bilhetes para os três dias a serem disponibilizados por 90 euros, um preço nunca visto na Fórmula 1. A última contagem da organização dava conta que a «fasquia mínima» dos 60 mil bilhetes ainda estava a uma distância de 14 mil…
Se a imagem que apresentamos se confirmar ao longo do fim-de-semana e, em especial, no domingo, percebem-se as razões de o G.P. da Alemanha estar, de facto, em perigo no calendário do Mundial de F1. Embora tudo indique que o seu regresso ao Nürburgring (e de forma definitiva!) é um dado quase adquirido, agora que aquelas pistas – o circuito permanente e o lendário Nordschleife – foram adquiridos pelo milionário russo Roman Abramovich (esse, o do Chelsea).
Esta crise de espectadores na Alemanha até se poderia se os fãs locais tivessem ficado órfãos de um campeão como Michael Schumacher, para mais com o seu ídolo a passar pelo que está a passar. Mas nunca a Alemanha esteve com tão grande destaque na F1, com um tetracampeão do Mundo a liderar a Ferrari (Vettel), uma equipa a dominar a disciplina (Mercedes) e a dar enormes garantias de festa e um piloto a lutar taco-a-taco pelo título (Rosberg). Além de mais dois homens da casa (Hulkenberg e Wehrlein) que vêm dando nas vistas.
Se isto, mais a forte campanha publicitária, com espectaculares vídeos protagonizados por Rosberg, Hulkenberg e Wehrlein, não chegam para mais de meia casa em Hockenheim… então temos mesmo de nos interrogar, por muito que nos possa custar, o que está a Alemanha a fazer no calendário do Mundial de Fórmula 1!