O G.P. do Mónaco cumpre o horário normal das corridas de Fórmula 1 europeias, apenas com uma particularidade que é única: os treinos livres realizam-se à quinta-feira e não à sexta. Desta forma, nos dois dias de semana, a pista (que usa as ruas de Monte Carlo) fica menos tempo fechada ao trânsito, ficando a sexta-feira dedicada aos treinos das corridas de suporte.
Assim, os F1 começarão a rodar no traçado monegasco já amanhã, com duas sessões de treinos livres, de hora e meia cada, a partir das 9 e das 13 horas de Portugal Continental e Madeira. Na sexta-feira não haverá acção em pista, embora os pilotos andem num corropio de acções promocionais… e «mortinhos» por que chegue sábado para poderem voltar à rotina: uma hora de treinos livres a partir das 10 horas e a mais-que-decisiva qualificação, às 13 horas.
Se no Mónaco sempre foi difícil ultrapassar, este ano com carro bastante mais largos será praticamente impossível. Aliás, já será difícil aos pilotos «encaixarem» os monolugares na estreia pista monegasca… «Haverá muita gente a ‘esfregar’ os ‘rails’», prognostica Hamilton. Daí a importância da qualificação, pois a largada definirá, em grande parte, o resultado da corrida que se iniciará pelas 13 horas de domingo, num total de 78 voltas ao mais pequeno traçado do Mundial de F1 (3,337 km).
Antes da corrida de domingo, os pilotos irão alinhar na frente da grelha de partida e guardar um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do atentado de Manchester. Pelo mesmo motivo, as equipas concordaram em alinhar os seus carros com um autocolante «#Manchester».
Este ano, o traçado monegasco sofreu uma alteração na zona dos esses das Piscinas que obrigará os pilotos a ser mais cautelosos. Já na direita-esquerda de saída, foi colocado um corrector bastante mais alto do lado esquerdo que os desencoraja a cortar a curva, podendo até provocar danos nos carros ou projectá-los… E se alguém falhar essa curva, há, no seguimento desse corrector, uma lomba para que o regresso à pista tenha de ser feito devagar.
Houve ainda um reasfaltamento generalizado do traçado, desde a saída da última curva até à primeira (Saint-Dévote), da entrada na praça do Casino à curva do Portier (na descida em que havia uma famosa lomba de que todos fugiam..), da saída do túnel à travagem para a chicane (outro ressalto famoso pelos acidentes que provocou!) e da entrada da curva da Tabacaria ao final dos esses das Piscinas.
Ou seja, a pista ficou ainda menos agressiva para os pneus (se é que era possível…), prevendo-se uma única paragem para trocar os ultramacios (púrpura) pelos supermacios (vermelhos). A Pirelli levará ainda os pneus macios (amarelos) que mal deverão ser usados (talvez nos treinos livres), numa pista em que mal há desgaste de borrachas. Arrumados ficarão os intermédios e pneus de chuva, pois prevê-se sol nos dias todos, com a temperatura a subir até aos 27 ºC no domingo.
Por fim, a grande inovação deste ano é o novo pódio… no primeiro andar! Desde sempre que o pódio do G.P. do Mónaco foi ao nível da pista, onde os príncipes premiavam os vencedores. Para este ano foi construída uma estrutura onde estará Alberto II e para onde subirão os três primeiros por uma escada de caracol. Aí estará um mini-pódio para uma cerimónia mais aproximada das que vemos nos outros Grandes Prémios.