O Mundial de Fórmula 1 entra na sua fase americana, com duas corrida no norte (Estados Unidos e México) e uma no sul (Brasil), caminhando a passos rápidos para a conclusão de uma época de 2017 que chegou a ser a mais emocionante dos últimos anos, «arrefecida» pelas falhas da Ferrari nas últimas corridas… Assim se chega à corrida de Austin (Texas), com Hamilton e a Mercedes a terem possibilidades matemáticas de resolverem já os respectivos títulos, não era o que se desejava, mas é a realidade.
A pista norte-americana foi a única, naquele país, feita a pensar propositadamente na F1 e o seu traçado inclui pequenas referências a partes famosas de outros circuitos, do encadeamento de curvas de Becketts (Silverstone), à passagem pelo estádio em Hockenheim ou à longa e rápida curva 8 da pista de Istambul. Mas a «assinatura» desta pista é a íngreme subida após a meta, até ao apertado gancho da curva 1, a que se segue uma inclinada descida, quase como se de uma montanha-russa se tratasse! O «mergulho» para esse gancho e a forte travagem para a curva 12, no final da longa recta de cerca de 1 km, são os pontos de ultrapassagem por excelência.
Numa prova em que teremos a estreia de um piloto na F1, com o neozelandês Brendon Hartley na Toro Rosso, a Pirelli considerou que o asfalto pouco abrasivo justificava a utilização das três misturas mais macias. Mas com uma novidade: desta vez, os pneus ultramacios não estarão pintados de púrpura mas… de cor-de-rosa, uma forma de a Pirelli se associar a uma campanha de angariação de fundos para a luta contra o cancro da mama.
Num fim-de-semana sempre animado com concertos de grandes artistas, os promotores do G.P. dos Estados Unidos fizeram um convite muito especial para agitar a bandeira que largará os carros para a volta de formação da grelha: Usain Bolt, aquele que, mesmo tendo parado de competir, continua a ser o homem mais rápido de sempre do Planeta! A escolha certa para «libertar» os carros mais rápidos que competirão na pista norte-americana.
As previsões meteorológicas diziam, hoje, que nos dois dias de treinos o sol estará presente, com os pilotos a rolarem em pista seca. Já para domingo aponta para a possibilidade de aguaceiros durante a manhã e início da tarde, o que poderá coincidir com o arranque da corrida… Mas até domingo ainda muita coisa poderá mudar.
Com a passagem para o continente americano, os horários alteram-se radicalmente e deixamos de ter provas madrugadoras para as corridas pela hora do jantar, o que é sempre mais agradável… Assim, o primeiro dia de treinos livres, já amanhã, terá as habituais duas sessões de hora e meia com começo às 16 e 20 horas de Portugal Continental e Madeira (menos uma nos Açores).
No sábado, o programa arrancar com os 60 minutos da última sessão de treinos livres, a partir das 17 horas, para preparar uma qualificação particularmente tardia, pois só arrancará às 22 horas. Nesta prova há quatro horas entre o final da qualificação, quando o normal é só haver duas. Mas assim, a qualificação acaba suficientemente tarde para ficar colada ao concerto de Justin Timberlake! No domingo, a corrida arranca às 20 horas, para 56 voltas aos 5,513 km de perímetro do Circuit of the Americas, em Austin (Texas). Naquele que é o primeiro «match point» na discussão dos dois títulos mundiais de F1, como explicámos aqui. Após a prova será Stevie Wonder a «dar música» em mais uma enorme festa da Fórmula 1.