Sebastian Vettel começa a mostrar que o Ferrari SF15-T pode ser assunto sério para esta época, depois de liderar a tabela dos tempos pela segunda vez consecutiva, no final do segundo dia de testes em Jerez de la Frontera. O alemão andou hoje mais que ontem, com um total de 89 voltas, rodando consistentemente no segundo 23 nas séries mais longas. Com pneus macios e pouca gasolina no depósito, mostrou ainda a rapidez do Ferrari, estabelecendo a melhor marca do ano na pista espanhola, numa sessão que a chuva encurtou em cerca de uma hora.
Felipe Nasr confirmou a boa imagem deixada pelo Sauber no primeiro dia com Marcus Ericsson, enquanto Valtteri Bottas se mostrou entusiasmado com o Williams FW37 que, segundo diz, já é melhor que o carro do ano passado… que era bem bom!
A estreia do campeão do Mundo, Lewis Hamilton, foi encurtada por uma fuga no sistema hidráulico do Mercedes W06, quando o piloto britânico continuava a acumular quilómetros, tal como o colega Nico Rosberg fizera no dia anterior. Mesmo assim, apesar de ter terminado o seu dia bastante mais cedo, ainda foi o piloto que mais voltas totalizou, com 91.
Surpreendente foram as 41 voltas conseguidas por Pastor Maldonado com o Lotus E23 montado durante a noite, antes de ter de parar prematuramente em pista, provocando um período de bandeira vermelha, com um problema no grupo propulsor da Mercedes. Mas para quem era suposto só rodar amanhã, foi um dia muito positivo para a Lotus! Tempos do segundo dia de Jerez:
Vettel (Ferrari), 1.20,984 (89 v.)
Nasr (Sauber), 1.21,867 (88 v.)
Bottas (Williams), 1.22,319 (61 v.)
Hamilton (Mercedes), 1.22,490 (91 v.)
Verstappen (Toro Rosso), 1.24,167 (73 v.)
Maldonado (Lotus), 1.25,802 (41 v.)
Button (McLaren), 1.54,655 (6 v.)
Kvyat (Red Bull), s/ tempo (18 v.)
Quanto às notas negativas, McLaren/Honda e Daniil Kvyat. No primeiro caso, continuam os problemas técnicos que os técnicos da Honda prometiam ter resolvido, com Jenson Button a quase não sair das «boxes». No segundo, um erro do jovem russo estragou um dia inteiro de testes: com a pista fria, não evitou uma saída e um toque num muro que partiu a asa dianteira. Ora, numa altura tão prematura do ano, a equipa ainda não tinha peça sobressalente que só esta noite voará desde Inglaterra para amanhã os testes poderem ser retomados, com Ricciardo. Assim, Kvyat limitou-se a andar sem asa dianteira, apenas para treinar arranques do final das «boxes», não fazendo por isso qualquer volta lançada.