Niki Lauda (Mercedes) e Christian Horner (Red Bull) não apreciam o nosso formato das qualificações que será estreado, dentro de menos de uma semana, no G.P. da Austrália, primeira prova do Mundial de 2016. Mas o presidente não-executivo da equipa Mercedes acaba por explicar e apoiar a decisão… por ser o mal menor, face ao que Ecclestone tinha em mente!
«Havia necessidade de mexer nas qualificações? Não! Irá mudar radicalmente as coisas? Nem por isso. Será confuso? Sim!», opina o director da Red Bull. «Consigo perceber a direcção em que pretendem ir, estão a tentar agitar um pouco as coisas, como se fosse uma qualificação disputada à chuva», concluiu Horner.
Parece estranho ouvir responsáveis de equipas criticar o novo formato das qualificações quando foram precisamente eles que o aprovaram… Contudo, Niki Lauda consegue fazer-nos perceber como tudo se passou, dizendo que a alternativa proposta por Bernie Ecclestone era «absurda».
«Antes de criticarmos temos de conhecer a história», referiu Lauda. «Compreensivelmente preocupado com o decréscimo de audiências, ele [Ecclestone] apareceu na reunião do Grupo Estratégico com algo totalmente absurdo. Quem fizesse a ‘pole’ largava de 10.º e quem estivesse em 10.º saía da ‘pole’, uma ideia interessante mas que, para mim, vai contra qualquer regra de competição. Foi para parar com isso que decidimos, em conjunto, adoptar este novo sistema».
Recorde-se que, segundo o novo formato da qualificação, as três fases decorrerão da seguinte forma: Q1 com 16 minutos, a primeira eliminação ao fim de 7 minutos e uma a cada 90 segundos, até ficarem apenas 15 carros; Q2 com 15 minutos, a primeira eliminação ao 6.º minuto e uma a cada 90 segundos até ficarem 8 carros; Q3 com 14 minutos e a primeira eliminação ao 5.º minuto, ficando nos últimos 90 segundos os dois mais «sobreviventes» das eliminações a cada 90 segundos a discutir a «pole position».