É terrível quando um piloto ganha tal fama tal… até a própria equipa tende a culpá-lo ao mínimo incidente! Já se sabe da reputação de Pastor Maldonado e, logo que abandonou nas primeiras voltas do G.P. da Bélgica, o director de operações da equipa, Alan Permane, atribuiu-lhe a responsabilidade, contando que o venezuelano tinha tido uma saída do asfalto que destruíra o comando da embraiagem.
Afinal, depois de investigado o problema, parece que a história não foi bem assim e que Maldonado até estará relativamente inocente. Segundo revelou o director-técnico Nick Chester, a avaria de uma válvula de controlo da embraiagem deveu-se a um fortíssimo impacto sofrido pelo carro ao passar por cima do corrector, em Eau Rouge. Um exagero de pilotagem, talvez, mas igual ao que quase todos os outros pilotos fizeram… «Ao bater nos correctores, transmitiu ao chassis um impacto na ordem dos 17 G’s. Isso cortou a potência do motor o que até conseguimos restabelecer nas ‘boxes’, mas a extensão dos estragos era demasiado grande», concluiu Chester.
Não ficando totalmente ilibado, pelo menos o venezuelano não pode ser apontado a dedo como culpado único do abandono do seu Lotus na Bélgica. E aguarda já pela corrida em Itália onde, segundo Chester, a pista de Monza servirá às mil maravilhas o Lotus E23: «É uma pista que ainda pede menos apoio aerodinâmico e o nosso carro parece ser eficiente nessas condições, além de travar bastante bem, por isso deverá andar bem em Itália».