Os problemas financeiros da Lotus vão-se acumulando e criando problemas sucessivos à escuderia de Enstone, mesmo se a futura venda à Renault parece estar praticamente assente. No Japão, a equipa está a passar um mau bocado e, uma vez mais, a solidariedade entre escuderias de Fórmula 1 tem dado uma ajuda…
Para começar, muito do material da Lotus transportado por via marítima chegou atrasado, o que complicou a montagem da «box». Pior foi a falta das instalações de rectaguarda, as chamadas «hospitality» que substituem, nas provas fora da Europa, as «motorhomes» que as equipas levam de circuito em circuito que, entre outras coisas, servem para alimentar os seus elementos e para as reuniões técnicas.
Nos circuitos fora do Velho Continente cada equipa tem, pelo menos, uma área que lhe é destinada por aluguer. E a Lotus não chegou a pagar o aluguer do espaço que ocupou no ano passado, pelo que os responsáveis de Suzuka não entregam as chaves da sala que deveriam usar. Outras equipas receberam mecânicos e engenheiros da Lotus às refeições, os encontros com os «media» foram feitos na «box» e, apesar de tudo, os pilotos tentam levar a situação de forma descontraída, comos e pode ver nas publicações de Romain Grosjean e Jolyon Palmer nas suas contas de Twitter.
Também no primeiro dia de treinos o número de voltas foi muitíssimo limitado – só uma para cada piloto na primeira sessão, e meia-dúzia na segunda… –, para evitar batidelas ou avarias, claramente por falta de peças de substituição. Está a ser um final de época extremamente penoso para a Lotus que espera desesperadamente por duas coisas: que a compra pela Renault se concretize rapidamente; e, agora que já confirmou a continuação de Maldonado para 2016, que a petrolífera venezuelana liberte alguns milhões de dólares.
Porque, na segunda-feira, terá de comparecer num tribunal londrino para resolver uma questão ainda mais complexa, a de uma eventual entrada em liquidação por dívidas fiscais!