Apesar de ter sido apenas terceira no Mundial de 2016, a Ferrari voltou a ser campeã dos prémios monetários, sendo a equipa que mais arrecadou, em grande parte devido ao bónus de 62 milhões de euros que recebe em exclusivo por ser a única equipa a participar em todas as edições do Campeonato do Mundo! Assim, a Scuderia acabou por facturar mais 8,2 milhões de euros que os campeões do Mundo de Pilotos e Construtores, a Mercedes…
Mas não é só a Ferrari a receber bónus que aumentam ainda mais a diferenças entre as equipas grandes e as pequenas. Fazendo com que, por exemplo, apesar de uma época discreta e cheia de problemas, a McLaren apareça como a quarta equipa mais premiada… Ferrari (32 milhões de euros), Mercedes, Red Bull (35,6 cada) e McLaren (27,5) recebem um extra contratado na altura da assinatura dos Acordos da Concórdia em vigor.
A Mercedes recebe mais 32 milhões por ter sido campeã e a Red Bull outro tanto por ter sido a primeira equipa a prolongar os contratos até 2020. Por seu turno, a Williams tem direito a um bónus de 9,1 milhões por antiguidade… Vejamos os ganhos de cada equipa na época passada, em milhões de euros:
Equipa | Col 1 | Col 2 | Bónus | Total |
Ferrari | 33 | 37,5 | 94,2 | 164.7 |
Mercedes | 33 | 55,7 | 67,6 | 156,3 |
Red Bull | 33 | 47,5 | 67,6 | 148,1 |
McLaren | 33 |
28,3 |
27,5 | 88,8 |
Williams | 33 | 30,2 | 9,1 | 72,3 |
Force India | 33 | 33 | 66 | |
Toro Rosso | 33 | 21 | 54 | |
Renault | 33 | 14,6 | 47,6 | |
Sauber | 33 | 11,9 | 44,9 | |
Haas |
— | 17,4 | 17,4 | |
Total | 297 | 297,1 | 266 | 860,1 |
A verba da primeira coluna é dividida igualmente por todas as equipas e até deveria ter sido mais baixa, de 29,7, em vez dos 33 milhões de euros. Mas como, entretanto, a Manor fechou portas, a sua parte foi dividida igualmente por todas as outras escuderias. No entanto, esta verba é calculada com base na participação da equipa em dois dos últimos três anos, o que justifica que a Haas nada tenha recebido.
A segunda coluna é a que está verdadeiramente relacionada com a classificação obtida no último campeonato. O total distribuído pelas equipas foi de 860 milhões de euros, o que significa um decréscimo de 3,5 % face ao ano passado. Redução justificada pelos maiores investimentos exigidos pela Liberty Media em «marketing» e também pelo facto de, este ano, haver menos uma prova que em 2016, apenas 20 Grandes Prémios.