Nico Rosberg não deu hipóteses desta vez e mostrou-se superior numa soberba batalha com o seu colega de equipa, Lewis Hamilton, conseguindo a sua 12.ª vitória, impondo-se no regresso da F1 ao México, numa tremenda «fiesta» com milhares de fãs a dar um ambiente de jogo de futebol! Mesmo sem confrontos directos, foi uma luta tremenda durante as 71 voltas, com o tricampeão do Mundo a atacar e o alemão a contra-atacar, sempre a rodarem muito perto e à espera de um pequeno erro para darem a estocada final.
No final, Rosberg conseguiu a sua 12.ª vitória e, mais importante, recuperou o segundo lugar no Mundial, aproveitando uma tarde desastrada de Vettel que ficou «a zero». Ao mesmo tempo, provou que é capaz de bater Hamilton e recuperou estatuto dentro da equipa Mercedes. De certa forma, a época de 2016 começou hoje, no México…
Infelizmente, o que se esperava ser uma emotiva luta a três ficou logo frustrada na primeira curva quando, num incidente perfeitamente normal à partida, Vettel e Ricciardo tocaram-se, com o Ferrari a sofrer um furo… Os Mercedes ficavam tranquilos na frente, sem concorrência à altura, num dia em que Vettel chegou a mostrar que o Ferrari tinha, de facto, andamento para acompanhar os campeões.
Só que o México foi Grande Prémio para a Scuderia esquecer, num dia em que Vettel cometeu vários erros de pilotagem – alguns tão básicos que chegou a dar a sensação de ter problemas de travões… –, terminando com um despiste. E Raikkonen até estava a fazer uma corrida interessante, recuperando muitos lugares e até sonhando com um pódio, até fechar demasiado Bottas, saltando na roda da frente do Williams e acabando com a suspensão traseira do Ferrari partida…
Na frente, os Mercedes dominavam, com Rosberg e Hamilton a jogar ao «gato e ao rato», mas sempre com o alemão a controlar as operações. Principalmente porque, sendo o primeiro em pista, era ele quem determinava as paragens nas «boxes» e adiou tanto a primeira que, quando o fez, Hamilton já não tinha os pneus em condições para o atacar. Mais à frente, houve uma pequena polémica quando a equipa mudou de estratégia, de uma para duas paragens, com Hamilton a pôr em causa a decisão e a não parar na primeira chamada, numa altura em que estava no comando. Mas a equipa obrigou-o mesmo a fazer a paragem…
Bastante mais atrás, a luta pelo último lugar no pódio era entre os Red Bull e os Williams, com vantagem para os primeiros, por intermédio de Kvyat. No entanto, com a entrada do «safety car», por causa do despiste de Vettel, apareceu a oportunidade de que Bottas precisava para se apossar do 3.º posto, impondo a maior potência do motor Mercedes no recomeço da corrida.
Os Force India, embora conseguindo bons pontos, acabaram por desiludir, em especial os muitos milhares que encheram as bancadas que gostariam de ver Sergio Perez um pouco mais acima. No entanto, o mexicano até fez um soberbo trabalho na fase final da corrida já que, no recomeço após o «safety car», era o único com pneus usados e conseguiu manter o 8.º lugar. Classificação:
Lugar | Piloto | Carro | Tempo/Dif. |
1.º | Nico Rosberg | Mercedes | 1.42.35,038 h |
2.º | Lewis Hamilton | Mercedes | a 1,954 s |
3.º | Valtteri Bottas | Williams/Mercedes | a 14,952 s |
4.º | Daniil Kvyat | Red Bull/Renault | a 16,572 s |
5.º | Daniel Ricciardo | Red Bull/Renault | a 19,682 s |
6.º | Felipe Massa | Williams/Mercedes | a 21,493 s |
7.º | Nico Hulkenberg | Force India/Mercedes | a 25,860 s |
8.º | Sergio Perez | Force India/Mercedes | a 34,343 s |
9.º | Max Verstappen | Toro Rosso/Renault | a 35,229 s |
10.º | Romain Grosjean | Lotus/Mercedes | a 37,934 s |
11.º | Pastor Maldonado | Lotus/Mercedes | a 38,538 s |
12.º | Marcus Ericsson | Sauber/Ferrari | a 40,180 s |
13.º | Carlos Sainz | Toro Rosso/Renault | a 48,772 s |
14.º | Jenson Button | McLaren/Honda | a 49,214 s |
15.º | Alexander Rossi | Manor Marussia/Ferrari | a 2 voltas |
16.º | Will Stevens | Manor Marussia/Ferrari | a 2 voltas |
— | Felipe Nasr | Sauber/Ferrari | Travões |
— | Sebastian Vettel | Ferrari | Despiste |
— | Kimi Raikkonen | Ferrari | Colisão |
— | Fernando Alonso | McLaren/Honda | MGU-H |
No final, houve uma pequena… «invulgaridade», devido ao local anormal onde os três primeiros pararam os carros, em pleno estádio: quando chegaram ao ponto de pesagem, Rosberg deixara capacete, HANS e luvas no carro e foi pesado sem o equipamento, que foi depois pesado à parte. Teoricamente, um episódio que não iria colocar a sua vitória em risco. Esta «temporada americana» continuará a deslocar-se para sul, com o G.P. do Brasil, em Interlagos (S. Paulo), dentro de duas semanas.