Quem teima em criticar a temporada em curso do Mundial de Fórmula 1 por falta de ultrapassagens… não sabe do que está a falar! As estatísticas não deixam dúvidas e mostram que o Mundial deste ano está a ter mais trocas de posições que os dois anteriores. O que também estará ligado ao crescente número de paragens nas «boxes» provocado pelas mais largas opções estratégicas proporcionadas pelos três tipos de pneus à escolha para a corrida, em lugar dos dois anteriormente.
Ou seja, como se vê, também na Fórmula 1 tudo anda ligado e bastou uma pequena alteração no regulamento dos pneus (colocar uma terceira mistura à disposição das equipas) para tudo se modificar. Assim, este ano tem havido uma média de 48,8 ultrapassagens por corrida, muito acima das 29,3 do ano passado e melhor que as 41,9 de 2014. Uma média estragada no último G.P. da Hungria onde apenas se registaram onze trocas de posição, ao contrário da prova na China em que houve… 128!
No que respeita a paragens nas «boxes», a média este ano está nas 44,6 por Grande Prémio, face às 33,2 de 2015 e 37,6 de 2014. Sem surpresa, Mónaco e Grã-Bretanha, as duas corridas que começaram com as pistas molhadas mas que rapidamente secaram, foram as que registaram mais «pit stops».
Para estas contas, feitas pela revista germânica «Auto Motor und Sport», apenas foram contabilizados dez Grandes Prémios, ficando de fora Europa (Azerbaijão) e Alemanha por não se terem realizado nos últimos dois anos (Hockenheim apenas em 2014).
Recorde-se ainda que, a nível de paragens nas «boxes», a Williams tem reinado este ano, com a vitória na «corrida» das paragens mais rápidas em dez das doze corridas já realizadas, com destaque para a prova de Baku em que conseguiu trocar os quatro pneus em apenas 1,93 s!