Os americanos da Liberty Media que passaram a controlar os destinos da Fórmula 1 já se disseram favoráveis à manutenção dos Grandes Prémios europeus com tradições na disciplina, mostrando-se até satisfeitos pelo regresso da França ao calendário, no próximo ano. Já em relação a provas… exóticas como o G.P. do Azerbaijão, os homens da Liberty Media levantam enormes dúvidas, apesar do avultado encaixe financeiro garantido pelos contratos estabelecidos por Bernie Ecclestone.
Greg Maffei, CEO da Liberty Media, mostrou-se bastante crítico da estratégia de Ecclestone que definiu como «quanto posso sacar?»… «Ficamos com corridas em locais como o Azerbaijão, onde nos pagam elevadíssimas verbas para terem a corrida mas não adiantam nada na construção a longo prazo da nossa marca ou do futuro do nosso negócio», referiu Maffei à revista «Forbes». «A nossa missão é encontrar parceiros que nos paguem bem mas que também nos auxiliem na evolução do produto que é a F1».
Obviamente que estas palavras não poderiam ficar sem resposta e, de Baku, o promotor do G.P. do Azerbaijão não demorou a reagir… «É claro que não é nada agradável ouvir coisas desse género», disse Arif Rahimov à agência «Reuters», antes de contra-atacar com mais «violência».
«O senhor Maffei está envolvido na F1 há uns seis meses, enquanto nós trabalhamos neste projecto há mais de três anos. Temos, por isso, mais experiência de F1 do que ele. Penso que dizer uma coisa daquelas mostra toda a sua ignorância!», rematou Rahimov. O primeiro G.P. do Azerbaijão (há um ano chamou-se G.P. da Europa) realiza-se a 25 de Junho, no circuito traçado nas ruas de Baku.
