Cada vez mais certo como piloto da Williams para 2017, o canadiano Lance Stroll, actual líder do Europeu de Fórmula 3, fará um ultra ambicioso programa de testes privados com um Williams de F1 até ao final do ano: o objectivo é que cumpra cerca de 13 mil quilómetros ao volante de um Williams/Mercedes de 2014, em oito pistas visitadas pelo campeonato do Mundo!
Um gigantesco programa de preparação para que o «teenager» canadiano fique devidamente apto a competir ao mais alto nível logo desde a sua primeira prova na F1. Mas com um custo elevadíssimo, estimado em… vinte milhões de euros, financiados pelo pai de Stroll, um empresário multimilionário que nunca escondeu o seu objectivo de colocar o já provado talento do filho na Fórmula 1 o mais rapidamente possível!
Agora que Stroll já reuniu os pontos suficientes para obter a superlicença para a F1 e dado que fará 18 anos em Outubro, nada o impede de assinar o tão falado contrato com a Williams. Daí ter já avançado com esta intensa preparação, tendo rodado já na passada semana no Hungaroring e devendo rodar ainda esta semana no Red Bull Ring, na Áustria. E como o seu objectivo é acumular quilómetros nas melhores condições, conta com a ajuda de Gary Paffett que, em cada pista, coloca as afinações básicas no Williams para que Stroll depois só tenha de rodar e ir percebendo como se deve evoluir o monolugar.
Este programa de testes, apoiado também pela Williams, verá o jovem piloto de Montreal rodar nas pistas em que o Mundial de F1 ainda não correu, como Sepang, Suzuka, Austin, Interlagos e Yas Marina, além de Sakhir (Bahrain), até ao final do ano.
E aos que se aprestam já para crucificar Lance Stroll por ter nascido em berço de ouro e por lhe estarem a ser proporcionadas todas estas possibilidades, ficam apenas algumas notas: esta seria a forma ideal de formar jovens pilotos de F1; é, de facto, uma pena que só um tenha a possibilidade de o fazer; com mais ou menos dinheiro, Stroll terá sempre de provar o seu talento; e a velocidade do cronómetro não varia em função do dinheiro que se tem.