É inegável a boa relação existente entre Max Verstappen e Daniel Ricciardo, mesmo se em pista lutam duro por um lugar. Cá fora, contudo, divertem-se à brava, tendo até construído uma espécie de cumplicidade que até resistiu ao momento mais baixo da época, quando o holandês colocou o australiano fora de pista, na Hungria. «Mas portou-se como um homem, e veio ter comigo, longe dos olhares, pedir-me desculpa de forma sincera, isso para mim faz toda a diferença e chega para seguir em frente», referiu na altura Ricciardo.
Há, contudo, uma coisa que Verstappen não suporta no seu colega de equipa… «Os gases! Está sempre a p….-se, não pára! A nossa sala de reuniões fica irrespirável, aquilo é permanente!», contava o holandês enquanto se partia a rir. «Mas, à parte isso, é um tipo impecável. Na pista é claro que tentamos bater-nos, é normal. Mas cá fora, divertimo-nos bastante os dois»
E o jovem holandês explica a química que se criou entre os pilotos da Red Bull: «Acho que há um respeito mútuo muito grande e, para ser franco, nunca tive uma relação como esta com o meu companheiro de equipa desde que comecei no desporto automóvel. É um fantástico colega de equipa, entendemo-nos muito bem e espero que possamos continuar juntos por muito mais tempo». Verstappen já sabe que estará na Red Bull, pelo menos, até 2020, mas o contrato de Ricciardo termina no final do próximo ano.
Ricciardo é, aliás um dos poucos pilotos que Verstappen segue nas redes sociais, além de Pierre Gasly («é um tipo muito fixe») e… Lewis Hamilton. E, em relação ao piloto da Mercedes, o holandês diz-se «verdadeiramente perplexo» com o estilo de vida que leva entre os Grandes Prémios. Mas di-lo com toda a admiração!
«Quando vejo o que o Lewis vai ‘postando’ no Twitter ou no Instagram, o que ele faz durante o seu tempo livre, por vezes fico verdadeiramente perplexo! Ele consegue fazer tantas coisas, por vezes temos a impressão de que não pára um segundo! Mas é a sua vida e como continua a ganhar corridas e campeonatos, pelos vistos não tem qualquer impacto nas suas prestações. É impossível dizer, no caso dele, que aquela vida não pode funcionar para um piloto…», concluiu Verstappen.