Assegurada a continuação de Max Verstappen até 2020, a Red Bull começa já a exercer alguma pressão sobre Daniel Ricciardo para que o australiano, cujo contrato termina no final do próximo ano, se decida a renovar. Mas Ricciardo já mostrou que pretende deixar que passem alguns meses antes de tomar uma decisão, aguardando para ver as grandes movimentações que se aguardam no mercado de pilotos para 2019, depois de praticamente nada ter mexido neste defeso…
Perante interesses de sinais contrários, ainda estamos apenas na fase da… «pressão simpática», com Christian Horner a compreender a posição do australiano mas a explicar que a equipa também tem os seus «timings»: «Penso que ele está numa fase da sua carreira em que pretenderá reflectir em todas as opções que se lhe poderão abrir e isso é totalmente legítimo. O problema é que nós não podemos esperar eternamente que ele se decida, pois também temos muito boas opções à nossa disposição. Mas a nossa prioridade será sempre encontrar uma solução para continuarmos com o Daniel», disse o director da Red Bull numa entrevista à revista «Racer».
Na mente de Christian Horner, contudo, um acordo antes do início da época já estará fora de hipótese. «Penso que ele vai querer perceber o nível de competitividade dos diferentes motores. Foram quatro anos de frustração nesse capítulo e compreendo que ele queira ver como evoluíram as coisas nesse domínio. Quanto à Red Bull, ele conhece as nossas forças e espero que sejamos competitivos em 2018». Entre outras possíveis opções, a equipa tem sempre Carlos Sainz (emprestado à Renault) sob contrato até 2019, podendo chamá-lo para o sentar num carro seu, se a situação o exigir…
E de que espera Ricciardo? No final de 2018 há vários contratos a acabar, sendo os que chamam mais atenção os de Hamilton e Bottas com a Mercedes e o de Raikkonen com a Ferrari. Este último lugar, refazendo a parceria que teve com Vettel na Red Bull (e de que não se saiu nada mal!) poderia ser o mais atractivo.
Até porque Toto Wolff insiste em que a aposta em Bottas é séria e de futuro! Quando lhe perguntaram se o finlandês poderia ser substituído por Esteban Ocon, no final do próximo ano, não respondeu «preto no branco», mas foi bastante taxativo: «O Esteban pode ser um dos nossos pilotos, mas a equipa e todas as suas forças estão com o Valtteri. Se começamos a pensar noutros pilotos isso significa que o nosso lado emocional não está 100% com o Valtteri. E posso assegurar que não há nenhum elemento da equipa que não queira que o Valtteri seja bem sucedido! Ele é o nosso piloto e não pensamos noutros». Pelo menos para 2018…