Foram divulgados, em Monte Carlo, os resultados do extenso inquérito feito aos fãs da Fórmula 1 acerca do que achavam do estado actual da disciplina, os seus maiores ídolos, corridas preferidas e um sem número de assuntos. Um estudo para dar uma ideia de espédia de «estado da nação da F1», levado a cabo pela rede digital do grupo «Motorsport.com» e que conduziu a resultados significativos, começando logo pela amostra de mais de 215 mil respostas de 194 países, a um inquérito feito em 15 línguas!
Torna-se, assim, um estudo bastante válido para se perceberem os gostos e desejpos dos fãs da F1 para o futuro da modalidade. Começando por eventuais alterações às regras desportivas, há uma clara recusa de «artificialismos» como a introdução de lastros em função dos resultados, grelhas invertidas, pneus que se degradem rapidamente ou soluções faladas mais recentemente como uma corrida extra ao sábado ou duas corridas mais curtas de «sprint» em vez de um Grande Prémio com os cerca de 300 km actuais…
Há, contudo, opinião favorável ao regresso dos reabastecimentos, da luta entre dois fornecedores de pneus ou dos motores V8. Mas também da atribuição de um ponto pela volta mais rápida em corrida, da limitação de gastos pelas equipas devidamente controlada e da permissão das equipas pequenas poderem comprar «carros-cliente» em vez de os construírem.
Comparado com um inquérito semelhante feito em 2015, este (que foi lançado por alturas do G.P. da Austrália e durou cerca de duas semanas) não só recebeu muito mais respostas como teve participação de um público mais jovem e com mais 10% de mulheres. Notou-se que, face ao de 2015, a época de 2017, provavelmente devido aos novos monolugares, foi encarada com maior entusiasmo, envolvimento e optimismo por parte dos fãs da F1, com claro aumento das opiniões positivas e decréscimo das críticas. E estamos a falar de respostas recolhidas quando ainda não se tinha percebido o verdadeiro duelo Vettel-Hamilton em que este Mundial se está a tornar…
De qualquer forma, ficou claro que ainda há muito trabalho a fazer para equilibrar os lados desportivo e de negócio da F1 para satisfazer os fãs que pretendem, claramente, que a disciplina continue a ser o pináculo do desporto automóvel em termos de pilotos, tecnologia e carros.
Em relação às provas, há quatro que se destacam em termos de espectadores: Mónaco, Monza (Itália), Silverstone (Grã-Bretanha) e Spa (Bélgica). Os regressos da Alemanha e França receberam forte apoio, bem como as corridas de Singapura e Abu Dhabi. O preço dos bilhetes e a dificuldade de acesso ao «paddock» continuam a ser os pontos que os fãs querem ver revistos e consideram como os maiores entraves a assistirem a corridas ao vivo.
Por fim, os «concursos» de popularidade: Lewis Hamilton passou Fernando Alonso e está a atingir níveis de popularidade só registados nos tempos áureos de Michael Schumacher! Hamilton está agora à frente de Alonso, Raikkonen, Vettel, Ricciardo e Verstappen. Nas equipas não há surpresa, a Ferrari continua a ser a mais popular, muito à frente da Mercedes que está pouco à frente da McLaren e da Red Bull. A McLaren que, em 2008, chegou a ser mais popular que a Ferrari, tem vindo a baixar ano após ano…