Ao longo das muitas horas de espera para saber se haveria ou não qualificação, os fãs norte-americanos que se aguentaram nas bancadas fustigadas pelo vento e a chuva forte mostraram uma capacidade de resistência invejável e quase inacreditável. Mesmo se a temperatura era amena, as condições eram extremamente desagradáveis, em especial quando, na pista, nada se passava…
Uma vez mais, a Fórmula 1 passou ao lado de uma grande oportunidade para um fantástico exercício de «relações públicas» junto dos seus fãs, até porque nem eram muitos os que aguentavam com estoicismo. Apesar de alguns pedidos (nomeadamente da Mercedes), os responsáveis pela disciplina não foram sensíveis a convidar os espectadores a visitarem as «boxes» e a verem de perto os carros e os pilotos enquanto esperavam por uma decisão…
Salvou-se o espírito inventivo e a noção de espectáculo de algumas equipas que tudo fizeram para proporcionar alguns momentos mais divertidos aos ocupantes da bancada em frente às «boxes». A Sauber, por exemplo, simulou um barco com algum do seu material, com que dois mecânicos percorreram o «pit lane», recolhendo muitos aplausos. E os mecânicos da Williams simularam uma das famosas regatas Oxford-Cambridge, pois as pista prestava-se mais a corridas de barcos!
Mas também houve animados números de dança, quer na Force India com uma exibição muito profissional de «break dance» ou um incrível número entre Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat a mostrarem-se sintonizados na música da Red Bull! Por fim, até Nico Rosberg teve tempo para mostrar os seus dotes futebolísticos trocando algumas bolas com… Niki Lauda. Tudo serviu para tornar a espera dos dedicados espectadores um pouco menos penosa. Foi, de facto, pena que os «senhores da F1» se mantivessem no pedestal e não os tivessem convidado para lhes dar alguma compensação pela dedicação demonstrada, depois de terem pago tantos dólares por um bilhete…