O lado comercial vai falar mais alto e, afinal, ao contrário do que as equipas tinham combinado, os monolugares de F1 deverão manter, em 2018, a «barbatana de tubarão» que cobre a tampa do motor! É verdade que todos tinham acordado em ver-se livres daquela peça que desgostara os fãs por motivos estéticos mas, com a obrigatoriedade de colocarem números maiores e a identificação dos pilotos entretanto introduzida pela FIA, as equipas consideram que não podem perder o espaço extra que as «barbatanas» lhes oferecem para expor os seus patrocinadores…
Seria, assim, uma compensação pelo espaço que tinham perdido em locais nobres das carroçarias para terem números maiores e, nalguns casos, as abreviaturas dos nomes dos pilotos, o que sucede desde o G.P. de Espanha. Assim, na próxima reunião do Grupo Estratégico, será estudada uma forma de alterar a forma como os regulamentos do próximo ano estão escritos, para que aquela grande zona sobre a tampa do motor, que deveria ser banida, se mantenha.
A ideia geral no «paddock» é que as «barbatanas de tubarão» irão mesmo continuar nos carros do próximo ano. Pelo contrário, a FIA deverá ser inflexível quanto às asas em «T» que quase todas as equipas usam na extremidade da «barbatana», só com um ou vários planos. Essas sim, deverão ser banidas.
Outro elemento que irá, certamente desaparecer é o apêndice aerodinâmico referido em inglês como «monkey seat», exactamente, o banco do macaco… Trata-se da pequena asa que parece envolver o escape, umas vezes por cima, outras por baixo. Há alguns receios que certas equipas possam estar a usar modos de motor com a capacidade de, em situações específicas, soprarem os gases de escape para aqueles apêndices, deforma a tirarem vantagens aerodinâmicas. O que se tornou proibido, desde que foi banido o efeito de expulsão de gases de escape para a asa traseira.
Neste caso, a FIA quer cortar rente qualquer possibilidade de polémica e, para evitar ter de andar constantemente a verificar a posição dos apêndices, dos escapes e os modos de motor, vai simplesmente proibir os «monkey seats». E assim cortar o mal pela raiz, nem dando espaço a polémicas.