Como se esperava, com o aumento das dimensões dos pneus, as paragens nas «boxes» tornaram-se um pouco mais lentas… por agora. Uma questão óbvia de movimentar objectos de maior tamanho e mais pesados, tornando toda a manobra mais complexa. Mas, pelos tempos mais rápidos alcançados, tudo indica que será uma questão de tempo até regressarmos à casa dos dois segundos «redondos»!
Quem foi, então, a equipa mais rápida na troca de pneus? Pois claro, mudam as dimensões mas a máquina continua muito bem oleada e a Williams conseguiu dois dos três melhores tempos, com a paragem de Massa a ser a mais rápida do G.P. da Austrália, em apenas 2,34 s. Um tempo que, na época passada, era razoável para muitas equipas… Os dois carros da Williams só ficaram separados pelo Mercedes de Bottas que demorou menos meio segundo que Hamilton nas «boxes». E não foi nesta operação que a Mercedes perdeu a corrida, pois apenas 5 centésimos separam as paragens de Vettel e Hamilton!
O tricampeão do Mundo estabeleceu uma nova marca pessoal, tornando-se no segundo piloto da Fórmula 1 a ultrapassar as 3000 voltas no comando (ficou com 3006)… embora preferisse ter comandado apenas uma mas a «certa», ou seja, a última! Está, contudo, ainda muito longe do primeiro que parece difícil de alcançar: foram 5111 as voltas que Michael Schumacher fez no comando!
Apesar de terem trocado os pneus ultramacios por macios, a redução de peso dos carros pelo esvaziar dos depósitos fez com que a volta mais rápida da corrida fosse assunto para se decidir na sua fase final. Começou Vettel por estabelecer o tempo (1.26,638) só para «explicar» que estava inatacável, Bottas quando se tentou aproximar de Hamilton ainda fez 1.26,593, mas foi Kimi Raikkonen, já no fim, a fugir da pressão de Verstappen, a ficar com a volta mais rápida da corrida, em 1.26,538. Menos 3,4 s que há um ano…
Por fim, o carro mais rápido a passar nos sensores de medição de velocidade máxima foi, também na fase final da corrida, o Toro Rosso de Daniil Kvyat (320,8 km/h), quando o russo tentou entrar na «guerra» da volta mais rápida. Curioso é que a segunda melhor velocidade foi feita pelo Williams de Lance Stroll (320,3 km/h)… uma hora antes, ou seja, ainda numa fase inicial e com o carro pesado! A seguir ficaram Hulkenberg (Renault, 318,3 km/h) e Hamilton (Mercedes, 318,0 km/h).
Prova de que Sebastian Vettel andou, de facto, a controlar a corrida é que estabeleceu a sua velocidade mais elevada (314,6 km/h) à meia hora de corrida, quando ainda tinha o carro com muita gasolina. Depois, quando se apanhou na frente e com a vantagem ganha a Hamilton, passou a controlar os acontecimentos…