Tudo indica que o G.P. do Japão terá sido a última prova em que a Lotus participou sob um verdadeiro sufoco financeiro, tendo agora reencontrado um certo «balão de oxigénio» que lhe permitirá terminar a época com algum conforto. Tudo porque, depois de ter confirmado, em Singapura, a continuação de Pastor Maldonado para 2016, os patrocinadores do piloto, em especial a petrolífera estatal venezuelana, terão já adiantado parte substancial das verbas referentes ao patrocínio do próximo ano…
Desta forma, a equipa pode concentrar-se nas corridas e, nos bastidores, podem prosseguir com mais tranquilidade as negociações finais para a compra da maioria das acções por parte da Renault. Que, aliás, parecem já não depender da actual administração da Lotus mas sim de um braço-de-ferro entre a marca francesa e Bernie Ecclestone por causa dos bónus financeiros atribuídos às equipas consideradas históricas e a que a Renault considera ter direito… Parece ser isso que está a bloquear o acordo definitivo.
A normalização da situação na Lotus não poderia acontecer, contudo, sem um derradeiro sobressalto. À chegada ao circuito de Sochi, a equipa temeu ver repetir-se a situação de Suzuka, em que não teve direito à sua zona de restauração e reuniões por dívidas referentes a 2014. Na altura valeu-lhe Ecclestone, a Pirelli e outras equipas para alimentar o seu pessoal…
Ontem, os elementos da Lotus não tiveram acesso à sua área em Sochi, mas hoje já tudo voltou à normalidade. Na sua conta de Twitter, a equipa fez questão de publicar uma foto de vários dos seus membros à mesa, com a frase «obrigado pela vossa preocupação, mas estamos cá dentro e ocupados a comer!». E até já recuperou o seu habitual humor, com uma foto em que colocou os habituais mini-Grosjean e mini-Maldonado bem acompanhados, dizendo que já tinham feito novos amigos…