As autoridades europeias voltam a pôr em causa a forma como a Fórmula 1 é gerida, em especial a falta de equidade na distribuição dos lucros entre todas as equipas, com óbvio prejuízo das mais pequenas. Perante a passividade ou impotência da Comissão para a Concorrência, a deputada europeia britânica do Partido Trabalhista, Anneliese Dodds, decidiu desafiar as escuderias mais pequenas a apesentarem uma queixa junto da Comissão Europeia para que seja aberto um inquérito quanto à gestão da F1.
Dodds visitou recentemente as instalações de Force India, em Silverstone, e reforçou que cabe às equipas pequenas, vítimas da injustiça na redistribuição dos proveitos comerciais da F1, a iniciativa de recorrer às instâncias europeias. «As pequenas equipas estão à beira da falência, como vimos com a Caterham e a Marussia», declarou a deputada. «O fecho de mais uma equipa significaria a perda de mais algumas centenas de postos de trabalhos altamente qualificados, o que é inaceitável».
Em tese, Dodds até tem razão… Mas falta-lhe compreender o funcionamento real da Fórmula 1, num «modus operandi» muito próprio em que um misto de negociação com… «pedinchice» até pode funcionar, mas qualquer movimento que se assemelhe a queixas a instituições europeias ou a tribunais acaba por ter custos elevadíssimos a quem se atreve a desafiar o «status quo»…