Alexander Rossi conquistou, de forma surpreendente, as 500 Milhas de Indianápolis, um dos maiores «monumentos» do desporto automóvel, com um final verdadeiramente emocionante, carregado de «suspense». O pilioto de reserva da Manor na F1 e que, em 2015, chegou a competir em cinco Grandes Prémios pela enão Manor Marussia, foi o primeiro «rookie» (estreante) a ganhar Indianápolis desde Juan Pablo Montoya, em 2000, e Hélio Castroneves, em 2001!
Na qualidade de estreante, Rossi não estava no lote de favoritos, mas a experiência da sua equipa, a Andretti Herta Autosport, colocou-o na posição com que nem o próprio piloto norte-americano sonharia! Numa das corridas mais rápidas do mundo, onde as voltas são cumpridas a médias na casa dos 355 km/h, o truque de Rossi foi acabar a fazer voltas a «apenas»… 320 km/h!
Porque as 500 Milhas de Indianápolis têm uma fortíssima componente estratégica, a disciplina de Alexander Rossi foi fundamental para este triunfo. Primeiro conseguiu manter-se junto dos homens da frente. Depois, quando os principais candidatos fizeram uma última paragem muito rápida – o chamado «splash and dash» – para meter uns litros de combustível para as últimas voltas, a equipa Andretti arriscou em manter Rossi na pista, pedindo-lhe que procurasse poupar gasolina, baixando ligeiramente o ritmo.
Enquanto os perseguidores voltavam a fundo, Rossi seguia disciplinadamente a estratégia, entrando para a última volta à grande oval com 16 s de avanço sobre Carlos Muñoz que viriam a reduzir-se a pouco mais de 4 s! Mas a vitória seria sua e logo na 100.ª edição das míticas 500 Milhas de Indianápolis!
As contas da sua equipa foram tão bem feitas e o cumprimento da estratégia foi de tal forma exemplar que Rossi teve de… ser rebocado até à Victory Lane por já não ter combustível no seu carro! Um triunfo memorável de um piloto norte-americano que até demonstrou ter talento para estar na Fórmula 1