É também em memória de Jules Bianchi que os pilotos de Fórmula 1 prometem continuar a sua batalha de décadas para que a segurança na disciplina seja constantemente melhorada. Num comunicado da sua associação, a GPDA, os pilotos vêm recordar aquilo que, por vezes, tendemos a esquecer, os perigos inerentes ao desporto automóvel em geral e à F1 em particular.
«A Fórmula 1 perdeu um grande talento, um grande homem e um bom amigo», lê-se no comunicado. «Vinte e um anos passados sobre as mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger, perdemos agora o Jules que morreu como consequência directa de um acidente em pista. É em momentos como este que somos brutalmente recordados como pode ser perigoso o desporto automóvel».
E o comunicado da GPDA termina com a promessa: «Apesar dos enormes avanços já conseguidos, nós, pilotos de Grandes Prémios, devemos à comunidade da competição, aos que já faleceram e ao Jules, família e amigos, nunca deixarmos de lutar pelo aumento da segurança».
Pode chocar alguns que, nas notícias da morte de Jules Bianchi, se refira que há 21 anos que a tragédia não se abatia sobre as pistas, parecendo esquecer-se o trágico desaparecimento da espanhola Maria de Villota. No entanto, a piloto da Marussia faleceu devido a sequelas do terrível acidente sofrido durante testes realizados num aeródromo, um ano e três meses antes. E, nestas coisas, as estatísticas são brutal e cruelmente frias…
Por fim, refira-se que Bernie Ecclestone disse-se «muito triste» com o desaparecimento de Bianchi. «Vamos sentir a falta de um piloto muito talentoso e de uma pessoa maravilhosa. Não podemos deixar que isto volte a acontecer», terminou Ecclestone, sabendo estar a prometer algo, infelizmente, quase impossível…