Do dia que os pilotos dedicam ao reconhecimento a pé das pistas, em conjunto com os seus engenheiros, a volta ao traçado de Baku era crucial, para conhecer o ponto de vista real que terão de dentro dos seus monolugares e ficarem mais alertas para as potenciais armadilhas que a pista possa esconder.
E o ponto que emergiu como merecedor de mais discussões foi a entrada nas «boxes», feita por uma chicane apertada mas que conta ainda como pista (está antes da linha a partir da qual tem de ser observado o limite de velocidade), embora apareça na zona mais rápida do traçado, onde os carros seguem a cerca de 340 km/h!. «É um ponto onde se pode ganhar meio segundo ou até um segundo se for bem feita, mas também se pode bater, se se falhar!», observou Daniel Ricciardo.
«Nunca tivemos uma entrada nas ‘boxes’ assim, vai ser uma travagem fortíssima, pois a chicane é livre em termos de tempo por volta, portanto teremos de arranjar uma boa trajectória», referiu Felipe Massa, no que foi apoiado por Sebastian Vettel: «A entrada nas ‘boxes’ é um belo desafio!». Já Marcus Ericsson tem uma posição mais defensiva: «Chegamos muito depressa e sem qualquer margem de erro, acho que vai ser assunto nos primeiros treinos… Porque não queremos ver carros a bater na entrada das ‘boxes’…».
Quanto à pista de Baku, já houve reacções para todos os gostos. Sergio Perez deu uma volta a pé e… decretou: «É a pista mais desafiante do Mundial, não há qualquer espaço para errar! É como o Mónaco mas muito mais rápido! Fizeram um grande trabalho nesta pista que é um desafio constante para os pilotos, é daquelas que vai ficar no calendário durante muito tempo!»
Já Lewis Hamilton chegou a Baku pouco impressionado com o que tinha experimentado nas longas horas passadas no simulador da Mercedes… «Não tenho muito a dizer, há um ponto apertado e uma recta muito longa, é só mais uma pista nova… Há pontos em que é muito larga, parece uma auto-estrada. O Mónaco é um circuito citadino, mas já não os fazem assim, não sei porquê. Mas espero que se torne divertido quando lá estivermos a rodar».
Sebastian Vettel, por seu turno, é mais cauteloso nas palavras: «Confesso que tive alguma dificuldade em encontrar as melhores linhas», revelou da sua experiência no simulador. «Mas não é justo julgar a pista só por isso. Penso que há partes que serão muito interessantes e outras mais normais, só guiando é que o saberemos».