O circuito de Sepang, palco do G.P. da Malásia, está a ser sujeito a profundos trabalhos de melhoramentos que irão transformá-lo numa pista «mais rápida e «desafiante», segundo a empresa de arquitectura italiana Dromo que supervisiona as obras. Que estarão, obviamente, prontas a tempo dos Grandes prémios tanto de Fórmula 1 como de MotoGP que se realizam na fase final da temporada.
Inicialmente, o objectivo dos trabalhos era melhorar a drenagem da pista que sempre foi um dos seus maiores problemas. Devido às fortes chuvadas que caem com alguma frequência sobre o autódromo dos arredores de Kuala Lumpur, criavam-se muitas vezes autênticos rios que atravessavam o asfalto tornando a pista perigosa ou até mesmo impraticável.
No entanto, ao tentar resolver esse problema, os responsáveis da obra descobriram muitos outros, ligados à própria geometria da pista, protecções, correctores e até ao asfalto. Assim, os 5,543 km do traçado serão reasfaltados, havendo também mudanças dos correctores em cinco curvas. Noutras haverá mesmo ligeiras alterações das inclinações e até do seu ângulo, aumentando as oportunidades de ultrapassagem. Espera-se que as curvas 2 e 9 se tornem bastante mais rápidas.
A grande mudança está prevista para a última curva, um gancho apertado que liga uma longa recta à da meta e que poderá tornar-se ainda mais lento. As grandes alterações têm a ver com o corrector interior e o camber da curva, para resolver o problema de drenagem, procurando acabar com os dois «rios» que aí corriam quando chovia muito. Mas deverá obrigar os pilotos a alterar a trajectória, devendo agora apostar numa entrada mais lenta para poderem ter uma saída mais em aceleração. A FIA fará uma vistoria à «nova» pista em meados de Maio.