Baixar os preços, tornar a Fórmula 1 menos elitista, atrair patrocinadores com verbas mais reduzidas e apostar em mais corridas nos Estados Unidos. Estas são algumas das primeiras linhas que vão sendo conhecidas da estratégia que a Liberty Media, a nova dona da F1 – num negócio ainda pendente –, quer implantar para recuperar a popularidade da disciplina.
Uma das apostas passará por «democratizar» o acesso ao até agora muito restrito «paddock club», para onde vão os convidados das empresas. Baixando os preços e atraindo até patrocinadores eventualmente menos «glamourosos» que os que lá estão agora, aumentariam a quantidade de convidados VIP.
Outra frente de combate é acabar com as bancadas vazias, não só melhorando a qualidade do espectáculo como praticando preços bastante mais populares. É nessa perspectiva que aparece a proposta para que as equipas comprem acções no futuro Formula One Group porque, tendo as equipas como sócias, não haveria queixas em relação a esta política de «democratização» da F1.
Há ainda a aposta nos meios digitais e nas redes sociais, procurando atingir um público mais jovem que ainda não têm poder económico para ir ver corridas de Fórmula 1. Esperando incutir o gosto à espera que, num futuro a médio prazo, criar uma nova «clientela».
Em simultâneo, os novos donos da Liberty Media, querem aumentar a presença da F1 no mercado americano. E fala-se até em propostas concretas como Nova Iorque, com um Grande prémio em Manhattan já em 2018, Miami em 2019 ou Los Angeles em 2020! Já Austin estará em risco de deixar o calendário, pois a ideia é fazer as corridas de F1 próximo de cidades cosmopolitas.
Havendo duas provas norte-americanas por ano, poderia haver um sistema de alternância – como sucedeu na Alemanha, com o Nürburgring e Hockenheim –, com a cidade que mais pagasse a receber a Fórmula 1. Alguma coisa começa a mexer sob a égide dos novos donos da F1 e as primeiras novidades até parecem boas!