Alain Prost, que funciona como embaixador da Renault Sport e é, ao mesmo tempo, chefe de uma das equipas da Formula E (a competição com fórmulas eléctricos), mostra-se algo desapontado com a forma como os fãs da Fórmula 1 se mostram indiferentes às novas motorizações híbridas agora no seu segundo ano de vida.
«O que se passa é um pouco frustrante, temos um motor cuja tecnologia é incrivelmente avançada, mas a que as pessoas não ligam particularmente», diz o tetracampeão do Mundo francês. «São motores tão ou mais potentes que os anteriores conseguindo gastar menos 30 a 40% de combustível, mas sentimos que os fãs não querem saber disso para nada».
Apoiando-se na experiência que tem tido na Formula E, Prost adianta uma explicação mais ligada ao público-alvo de cada uma das disciplinas. «Talvez as pessoas queiram coisa diferentes da F1, talvez se concentrem apenas nas lutas em pista e não queiram saber muito de chassis ou mecânicas. São fãs de corridas, muitos entre os 40 e os 60 anos, enquanto na Formula E ‘jogamos’ noutra categoria, nomeadamente com um público mais jovem. E parece óbvio que não podemos ter o mesmo posicionamento em termos de ‘marketing’».