Foi o trabalho intenso com uma psicóloga e a paternidade que salvaram a carreira de piloto de Fórmula 1 de Romain Grosjean, reconhece o próprio piloto. O francês foi o último piloto a sofrer uma pena de suspensão de uma corrida, após o grave acidente provocado na partida do G.P. da Bélgica de 2012, para mais o sétimo incidente em que estava envolvido em arranques nesse ano…
«Precisei de ver a minha psicóloga, tinha de ser ajudado, não percebia o que se estava a passar…». O francês trabalhou muito nesse final de ano e defeso e, em 2013, foi visita assídua do pódio, antes da Lotus deixar de ser competitiva, em 2014. «Se se trabalha bem, conseguimos perceber o que se passa, actuar em conformidade e dar os passos correctos para conseguirmos mais e mais. É como termos uma caixa de ferramentas só com uma chave de parafusos e irmos acrescentando mais ferramentas».
Apesar de se mostrar agora um piloto muito mais maduro e estável, Grosjean não mais deixou o apoio da sua psicóloga, chegando até a consultá-la via Skype quando se encontra nos circuitos. «Se chegamos à pista com um problema na cabeça, é sabido que nos sentamos no carro e isso irá explodir! Mas se tudo estiver claro e bem resolvido, podemos fazer as coisas com mais calma, ver melhor e reagir melhor».
Em conversa com a revista britânica Autosport, o piloto da Lotus foi até ao detalhe: «Falamos sobre tudo. Pode ir da minha infância aos arranques para as corridas, rumores do ‘paddock’, problemas de casa, do sono… Temos de perceber o que me pode estar a bloquear para que me liberte para ficar pronto para a acção».
E Grosjean reconhece que este trabalho psicológico, juntamente com o facto de ter sido pai, o ajudou a ganhar estabilidade em todos os aspectos: «Tornou-me um piloto melhor, um marido melhor, um pai melhor e, espero, no geral, um homem melhor».