Um consórcio formado por uma sociedade de investimento do Qatar e um magnata norte-americano poderão estar prestes a avançar com uma oferta para passar a controlar a Fórmula 1. Numa primeira fase, segundo consta, para comprar os 35% da CVC que, assim, controla os direitos comerciais da F1, mas depois ir adquirindo as partes dos restantes accionistas – bancos, fundos de investimento e… Bernie Ecclestone com 5%.
As verbas envolvidas são gigantescas! Para começar o negócio, os tais 35% valerão entre 7 a 8 mil milhões de dólares. O que significa que o tal consórcio terá de gastar em torno dos 20 mil milhões de dólares para controlar a totalidade dos direitos comerciais da F1.
O «lado» norte-americano desta parceria é encabeçado por Stephen Ross, proprietário dos Miami Dolphins, famosa equipa da principal liga de futebol americano. A aposta qatari chega através do Qatar Sports Investment (QSI), «braço» do fundo de investimento daquele pequeno estado do Médio Oriente, o Qatar Investment Authority (QIA).
Enquanto o QSI é dono, entre outros, do clube de futebol Paris Saint-Germain, o QIA é um dos accionistas de referência (17%) do Grupo VW, o que espoletará, de novo, os rumores quanto à possível entrada de uma das marcas daquele grupo na F1…
Esta entrada do QSI no negócio tem ainda um outro lado curioso: o Qatar já mostrou o desejo de organizar um Grande Prémio, sempre vetado pelo Bahrain (que tem esse poder expresso no seu contrato) que acha que duas corridas naquela zona do Globo – a sua e o Abu Dhabi – são suficientes. Mas, se passar a controlar a Fórmula 1 através do QSI, então é certo que o circuito de Losail (em que já corre o MotoGP) terá o seu Grande Prémio em breve…