A revelação foi feita por Paddy Lowe, director técnico da Mercedes, após o G.P. do Bahrain: neste momento, as unidades motrizes da Renault e da Honda são já superiores à Ferrari com especificações de 2015 que a Toro Rosso usa, sendo por isso a equipa que tem a motorização híbrida menos poderosa do pelotão… mesmo se os resultados não o mostram.
«Talvez não o saibam, mas o motor menos potente do pelotão é, na verdade, o Ferrari que está montado nos Toro Rosso», disse Lowe à cadeia de televisão ESPN, segundo os dados recolhidos pela equipa bicampeã do Mundo. «O Renault e o Honda já não estão muito longe dos Ferrari e Mercedes, de momento já não há grandes diferenças entre os diversos grupos propulsores.
Aqui não há nada de espionagem, há muitos, muitos anos que todos os fabricantes de motores conseguem controlar perfeitamente o que os concorrentes estão a fazer, tanto a nível dos regimes máximos atingidos, como em termos de «performances». E até de uma forma quase «primária», com um vulgar gravador, analisando depois o som do motor nos pontos de regime máximo.
Os avanços da Renault foram, aliás, notados por Max Verstappen que foi 6.º com o excelente chassis SRT11 da Toro Rosso/Ferrari, mas viu Daniel Ricciardo muito à frente, com o Red Bull: «Eles têm um excelente carro, isso já o sabia, mas também fizeram enormes progressos com o motor!». E, no entanto, a Renault foi o construtor que menos fichas de desenvolvimento gastou este ano, prometendo para o G.P. do Canadá uma nova e grande evolução do seu V6 híbrido.