Nova mexida no sistema de qualificações, depois da reunião entre os chefes de equipa e o director de corrida da F1, Charlie Whiting, ontem ocorrida no «paddock» de Barcelona e, afinal, nem é o sistema de 2015 nem o anunciado para 2016 mas… um misto dos dois. E a Fórmula 1, de novo, a dar uma triste imagem de si própria…
No fundo, acaba por transparecer que se trata mais de uma guerra ou tão-só de uma embirração entre as equipas e Bernie Ecclestone… Porque o novo formato tinha sido decidido e anunciado pela Comissão de F1 há pouco mais de uma semana, em Genebra, com um esquema em que, em termos gerais, a partir do sétimo minuto das sessões Q1 e Q2 se procedia à eliminação do piloto mais lento a cada 90 segundos, sendo um esquema semelhante seguido no Q3, até ficarem dois pilotos que decidiriam entre si a «pole position».
Depois, veio Bernie Ecclestone anunciar que era impossível levar esse formato avante (não escondendo ser totalmente contra ele), por não haver um «software» pronto para o controlar – como se fosse algo terrivelmente difícil… – nem gráficos televisivos prontos para ajudar os telespectadores. E que só lá para o G.P. de Espanha poderia ser implementado.
E agora, os chefes de equipa insistem que o novo formato tem mesmo de funcionar já na primeira prova do ano, por não fazer sentido mudar a meio da temporada. Mas com uma «nuance»: esse novo formato da «dança das cadeiras» só se aplica ao Q1 e Q2, mantendo-se a terceira e decisiva parte da qualificação no esquema até aqui usado, embora com apenas oito pilotos a rodarem em pista em simultâneo e a lutarem pela «pole position»!
Um duplo sistema que só servirá para tornar as coisas ainda mais confusas para os espectadores não-especialistas, precisamente os que a F1 supostamente procuraria atrair... A FIA terá ainda de aprovar esta alteração ao formato da qualificação, na próxima sexta-feira, para que fique definitivamente decidido o que acontecerá já no próximo dia 19 de Março, em Melbourne!