Quem poupou mais motores e quem está ameaçado com penalizações?

Ultrapassado o primeiro terço do Mundial (7 de 19 corridas), boa altura para um primeiro balanço em relação aos componentes mecânicos já usados, de todos aqueles que estão regulamentarmente limitados a quatro por ano. No Canadá já se registaram as primeiras penalizações de dez lugares na grelha por recurso a um quinto elemento: motor V6 térmico para Verstappen; turbo e MGU-H para Button. E, a partir de agora, muitas se seguirão, constando que a Red Bull aproveitará o G.P. da Áustria para montar o quinto motor do ano em ambos os carros…

Recorde-se que, segundo os regulamentos técnicos, o grupo propulsor está dividido em seis componentes: motor a gasolina, V6 de 1,6 litros; turbocompressor; sistemas regeneradores de energia térmica do turbo (MGU-H) ou da travagem (MGU-K) com os respectivos motores eléctricos; bateria onde é guarda a energia eléctrica gerada pelos sistemas MGU de recuperação; e gestão electrónica. Todos estes componentes estão limitados a um máximo de quatro por ano. Cada componente suplementar é punido com perda de lugares na grelha.

A situação após o G.P. do Canadá evidencia o óptimo grau de fiabilidade das mecânicas Mercedes e Ferrari –a utilização do terceiro motor pela Scuderia no Canadá deve-se apenas a evoluções, continuando «utilizável» o segundo motor –, ficando bem evidenciadas as dificuldades da Renault e da Honda. Atente-se a este quadro:

Ressalve-se que os motores Ferrari usados pela Manor são ainda os da versão 2014. Tendo estreado novos motores, mexidos apenas em termos de fiabilidade – logo, sem gasto de «fichas» de desenvolvimento –, no Canadá, significa que as equipas equipadas com motores Mercedes fizeram as seis primeiras corridas do ano apenas com um grupo propulsor. O que, atendendo a que falamos da mecânica mais poderosa da F1, não deixa de ser notável!