Alguns dos envolvidos na F1 já avisaram os fãs para não esperarem grandes alterações no espectáculo dos arranques dos Grandes Prémios pela entrada em vigor, na Bélgica, da nova regulamentação. A ideia é dificultar um pouco a vida aos pilotos, impedindo que os engenheiros lhes digam tudo o que têm de acertar nos seus carros, nomeadamente no funcionamento da embraiagem e na quantidade de binário disponibilizado pelo motor.
«Não me parece que venha a ter um efeito significativo», comentou Rob Smedley, responsável das operações em pista da Williams, cujos carros fizeram arranques fulminantes no último G.P. da Grã-Bretanha. «A única coisa que pode suceder é um arranque horrivelmente mau. Mas, no geral, a ‘performance’ na partida de toda a gente irá diminuir um pouco mas, na média, não fará grande diferença».
Já Romain Grosjean, piloto da Lotus, explica que há «uma série de procedimentos na F1 a seguir e talvez a única coisa a fazer é tirar os últimos níveis de afinação da embraiagem e binário». Considerando que nada mudará muito, o piloto francês recorda que a embraiagem dos F1 não pode ser demasiado básica, exigindo mesmo aqueles graus de afinação, por riscos de quebra mecânica: «Se fizer na F1 o mesmo tipo de arranque que fazia no GP2, acho que a minha embraiagem ou a caixa ficariam logo ali, na grelha!...».
Por fim, refira-se que Lewis Hamilton foi dos poucos a apoiar abertamente as alterações introduzidas para o G.P. da Bélgica. «Quanto maior controlo nos derem melhor. Actualmente, largamos a embraiagem mas a ‘performance’ é, na verdade, ditada pela equipa que nos indica o que temos de fazer. Para mim, os melhores arranques eram os da F3, quando tinha controlo sobre tudo, era muito mais divertido!».