O renascer do conceito dos «carros-cliente» – muito usado até ao início dos anos 80, em que uma equipa privada comprava os carros aos construtores – foi um dos assuntos mais debatidos na reunião de ontem do Grupo Estratégico da F1. A McLaren, por Ron Dennis, é um dos grandes defensores do conceito que levaria ao aumento de carros na grelha dos Grandes Prémios.
Actualmente, cada equipa participante no Mundial tem de construir o seu próprio carro (regra aplicável até às «irmãs» Red Bull e Toro Rosso), embora possam comprar certos componentes. Por exemplo, a Force India e a Manor compram algumas peças, nomeadamente a caixa de velocidades da McLaren.
Esta proposta acaba por recuperar a ideia de cada equipa alinhar com três carros, embora de forma algo distinta e mais volumosa, já que uma espécie de «equipa B» alinharia mais dois monolugares. Uma hipótese que, a avançar, deixaria de fora as pequenas equipas actualmente existentes que estariam sempre obrigadas a construir os seus monolugares, servindo para atrair novas escuderias para a F1.
Do pouco que ainda se sabe da reunião ontem realizada, com a presença de Ecclestone, Todt e os responsáveis da Ferrari, Mercedes, Red Bull, McLaren, Williams e Force India, parece certa a recusa da autorização do quinto motor para este ano.
E mantém-se a falta de entusiasmo das equipas grandes em estabelecer um tecto máximo para os orçamentos, proposta que só encontra defensores nas equipas pequenas…