Dada a crescente importância dos combustíveis e lubrificantes na melhoria das «performances» dos motores de F1 – e está aqui um dos segredos do domínio da Mercedes! – este defeso assistiu-se também a uma inusitada movimentação de petrolíferas entre equipas. Em especial pelo regresso da BP (e da sua associada Castrol) que já há alguns anos não marcavam presença na F1 e que chegam, segundo se diz, com um orçamento de 30 milhões de euros!
A McLaren perdeu a Exxon/Mobil para a Red Bull que ficou, tal como a Renault, sem a Total. A petrolífera francesa ter-se-á retirado da F1 (falta ver quem apoiará a Toro Rosso…) para se dedicar aos ralis e aos raides. Hoje, a Red Bull esteve em Houston, com um chassis RB7 que já ostentava o símbolo da Esso na asa dianteira e da Mobil na asa traseira.
Mais importante foi a confirmação oficial, por parte da Renault, da sua extensa parceria com a BP/Castrol, com uma duração de cinco anos! «O regresso da BP e da Castrol é uma excelente notícia e abre as portas a novas oportunidades para a nossa equipa de Fórmula 1», disse Jérôme Stoll, presidente da Renault Sport Racing. «O envolvimento da BP revela a atracção da F1 aos olhos das grandes multinacionais e estamos muito motivados e orgulhosos por poder contar com um parceiro técnico e um patrocinador deste nível.»
Já não é a primeira vez que as duas empresas trabalham em conjunto, tendo mesmo conquistado o título mundial com Jacques Villeneuve, em 1997, com um Williams/Renault e a Castrol como lubrificantes. Na carroçaria do Renault R.S.17 é provável que apareçam mesmo as duas marcas, com a BP a fornecer combustíveis e a Castrol os lubrificantes.
«Com o novo regulamento aerodinâmico para a época 2017 da F1, as exigências sobre os motores vão aumentar», eluciou Cyril Abiteboul, diretor geral da Renault Sport Racing. «Por isso, os combustíveis e os lubrificantes terão uma influência ainda maior no desempenho global do monolugar».
Resta agora confirmar o rumor de que também a McLaren contará com o apoio da BP/Castrol, com a presença de ambas as marcas na carroçaria do MP4/32 que será apresentado no dia 24 de Fevereiro. É um dado praticamente adquirido, depois de Stoffel Vandoorne se ter apresentado numa sessão de autógrafos com uma camisola da McLaren/Honda que, na manda, já tinha um símbolo… da Castrol!