Apesar de ter decidido acabar com o seu apoio às World Series 3.5, a Renault encara seriamente a possibilidade de relançar um programa de desenvolvimento de novos talentos, como os que a Red Bull (Junior Team) ou a Ferrari (Driver Academy) possuem. Seria a recuperação do Renault Driver Development que existiu em meados dos anos 2000 e que descobriu, entre outros, valores como Romain Grosjean, Lucas di Grassi ou Jérôme d’Ambrosio.
Segundo o director geral da Renault Sport F1, Cyril Abiteboul, a ideia passa também por alimentar a futura equipa que a Renault deverá ter, a partir de 2017. E, aí, o francês faz uma curiosa analogia: «Se virmos o que a Mercedes gasta em salários com os seus pilotos e compararmos com o que a Red Bull/Toro Rosso despendem, vemos que estes conseguem funcionar de uma forma economicamente muito mais eficiente». Ou seja, formar pilotos para os aproveitar na equipa de F1.
Abiteboul diz-se fã desses programas de desenvolvimento de pilotos e só justifica o fim prematuro do da Renault por «ser demasiado ambicioso, com pilotos a mais». E garante que, apesar do fim do apoio às WSR 3.5 – até porque a marca poderá estar envolvida na futura F2 que, diz-se, será a evolução do GP2 –, a Renault continuará a organizar a Fórmula Renault 2.0 e o Renault Sport Trophy.
Por fim, aquele responsável da Renault Sport F1 diz que é fundamental que a comunicação da marca explique bem o trabalho desenvolvido na descoberta e evolução dos grandes talentos: «Todos nos ligam à descoberta e ao crescimento como piloto do Fernando Alonso, mas poucos se lembram que fomos nós que demos a primeira oportunidade ao Lewis Hamilton de pilotar um monolugar, o seu nome nunca é ligado à nossa marca…».