Nico Rosberg voltou em força da paragem de três semanas no Mundial de F1, dominando por completo o G.P. de Espanha: não só na qualificação em que fez as duas melhores voltas, mas também na corrida que controlou de forma imperial, assim que garantiu uma largada perfeita. Pela 19.ª vez em 25 corridas em Barcelona, o vencedor saiu da «pole». E a Mercedes mostrou que, apesar dos esforços da Ferrari, mantém o controlo da F1 actual…
Para Rosberg, a nona vitória na sua carreira na F1 foi uma prova até solitária, aproveitando a luta entre Vettel e Hamilton – o Ferrari aproveitou o lado limpo da pista para passar o Mercedes no arranque – para se afastar. E assim construiu uma vantagem que lhe permitiu, depois, gerir a prova e o desgaste dos pneus, parando apenas duas vezes, contra as três de Hamilton para conseguir, com uma estratégia diferente, passar Vettel.
Apesar de tudo, o campeão do Mundo não desistiu e, mesmo até ao fim, forçou o ritmo para tentar chegar-se ao seu colega de equipa. Até mesmo quando a equipa lhe deu a entender que era quase impossível… Hamilton forçou o andamento e reduziu bastante a diferença, mas nada que chegasse a preocupar Rosberg que lhe recuperou 8 pontos no Mundial, reduzindo a sua desvantagem para 20 pontos. Uma vitória fundamental para «reacender» a chama de Rosberg, em especial antes do G.P. do Mónaco onde Rosberg se costuma dar bem!
Vettel tudo tentou para aguentar Hamilton e, em pista, até o conseguiu. O alemão beneficiou inclusive da má primeira paragem do campeão do Mundo para manter o 2.º lugar, mas já não conseguiu o mesmo na segunda troca de pneus, acabando por cair numa zona com muitos carros para passar que o fizeram perder tempo. «Sei que eles [Mercedes] fazem a corrida deles, mas mesmo assim perdemos muito tempo no tráfego», queixou-se o alemão que teve de se contentar com o 3.º posto (e a 45 s de Rosberg!) que mantém o trio que ocupou 14 dos 15 lugares do pódio este ano (excepção foi Raikkonen no Bahrain).
A luta pelo 4.º lugar foi finlandesa, com Raikkonen (Ferrari) e lutar com Bottas (Williams) mesmo até ao último metro, com vantagem final para o piloto mais jovem e… candidato a um lugar na Scuderia! Corrida isolada de Felipe Massa (Williams) e algumas lutas interessantes entre os Red Bull e os Lotus, embora longe dos lugares da frente.
Estrelas na qualificação (5.º e 6.º), os Toro Rosso sofreram na corrida pela falta de velocidade em recta, sendo facilmente passados. Um problema de afinações, com muito apoio aerodinâmico que lhes permitia serem muito rápidos nas curvas mas que os deixava indefesos nas rectas, acabando Sainz e Verstappen a lutar um com o outro pela entrada nos pontos… Classificação final, confirmada após a análise pelos comissários da forma «musculada» como Sainz ganhou o 9.º posto a Kvyat, mas sem penalização:
Lugar | Piloto | Carro | Tempo/Dif. |
1.º | Nico Rosberg | Mercedes | 1.41.12,555 h |
2.º | Lewis Hamilton | Mercedes | a 17,551 s |
3.º | Sebastian Vettel | Ferrari | a 45,342 s |
4.º | Valtteri Bottas | Williams/Mercedes | a 59,217 s |
5.º | Kimi Raikkonen | Ferrari | a 1.00,002 m |
6.º | Felipe Massa | Williams/Mercedes | a 1.21,314 m |
7.º | Daniel Ricciardo | Red Bull/Renault | a 1 volta |
8.º | Romain Grosjean | Lotus/Mercedes | a 1 volta |
9.º | Carlos Sainz | Toro Rosso/Renault | a 1 volta |
10.º | Daniil Kvyat | Red Bull/Renault | a 1 volta |
11.º | Max Verstappen | Toro Rosso/Renault | a 1 volta |
12.º | Felipe Nasr | Sauber/Ferrari | a 1 volta |
13.º | Sergio Perez | Force India/Mercedes | a 1 volta |
14.º | Marcus Ericsson | Sauber/Ferrari | a 1 volta |
15.º | Nico Hulkenberg | Force India/Mercedes | a 1 volta |
16.º | Jenson Button | McLaren/Honda | a 1 volta |
17.º | Will Stevens | Manor Marussia/Ferrari | a 3 voltas |
18.º | Roberto Mehri | Manor Marussia/Ferrari | a 4 voltas |
– | Pastor Maldonado | Lotus/Mercedes | Asa tras. partida |
– | Fernando Alonso | McLaren/Honda | Travões |
Segue-se o G.P. do Mónaco, tido como a corrida «caseira» de Nico Rosberg… não fosse o facto de agora também Lewis Hamilton viver no Principado. A corrida espanhola mostrou que a Ferrari não está, de facto, em condições de se intrometer na discussão do título, mas também provou que, entre os pilotos da Mercedes, a luta poderá ficar ao rubro!