O ex-piloto de F1, Gerhard Berger entrou para as entrevistas do pódio… «a matar»! E provocou o vencedor, perguntando-lhe porque não guiava sempre assim… «Vou tentar fazê-lo sempre, a partir de agora!», respondeu o bem-disposto Nico Rosberg que repetiu a vitória obtida na Áustria há um ano. «É uma sensação incrível voltar a ganhar aqui!» E resumiu: «A partida fez a corrida, consegui largar bem e forcei o andamento nas primeiras voltas. Na segunda parte, ao ver a diferença abrir para o Lewis, percebi que tinha corrida na mão».
Mais tarde, o piloto alemão explicaria melhor o soberbo arranque: «A partida era fundamental e, com o meu engenheiro, conseguimos a afinação perfeita para o funcionamento da embraiagem, o que me permitiu arrancar muito bem. A partir daí tive de guiar com algum cuidado porque, quando temos o mesmo carro, qualquer erro pode ser crucial. Mais tarde, ao saber da penalização do Lewis, isso tirou-me pressão porque sabia que, mesmo que ele me apanhasse, teria sempre a vitória na mão».
Já se sabe que, quando não vence, mesmo sendo 2.º, Lewis Hamilton aparece no pódio visivelmente deprimido e pouco falador… «O Nico fez um trabalho fantástico, era mais rápido na corrida e, além disso, eu fiz uma má partida. Forcei o máximo mas, na segunda parte da corrida, foi mesmo apenas levar o carro até ao fim». O líder do Mundial reconhecia, contudo, que «no final foi um bom dia». E explicou a o arranque não lhe correra bem «por causa de um problema qualquer na embraiagem que já não aparecia desde Barcelona».
Felicíssimo estava Felipe Massa, depois de se ter defendido bravamente de Vettel nas últimas voltas. «Gosto sempre de correr aqui e foi uma corrida fantástica! Consegui passar o Sebastian quando ele teve o problema na ‘boxe’, mas já sabia que, no final da corrida, ele viria atrás de mim. O final foi duro porque o Ferrari usa melhor os pneus na corrida. Foi difícil mantê-lo atrás, mas no sítio onde era importante ter boa tracção consegui sempre abrir a trajectória para sair bem e anular o ponto em que ele poderia ser mais perigoso».
Aos 34 anos, Massa parece em grande forma e os 218 Grandes Prémios dão-lhe grande «bagagem» para usar em situações difíceis: «A experiência ajuda a perceber como manter alguém atrás e saber que é importante nem lhe dar a oportunidade de tentar ultrapassar. Mas isso implica ter a calma suficiente para manter as linhas correctas», comentou o brasileiro que concluiu: «Acho que continuamos a ser a terceira equipa do campeonato, mas temos de aproveitar todas as oportunidades que nos aparecerem. E foi o que sucedeu hoje!».