Ross Brawn, o novo director do futuro Formula One Group (o nome que adoptará a Liberty Media) para a parte desportiva e técnica, diz estar cheio de ideias para a evolução da disciplina, embora assuma não haver muito que se possa fazer antes de 2020. «Há um contrato com as equipas até 2020 [os Acordos da Concórdia], por isso nada poderá mudar substancialmente antes disso, a não ser que as equipas concordem», referiu Bawn.
Ao canal televisivo britânico «Sky Sports», Ross Brawn acrescentou: «Há uma série de iniciativas que podemos tomar na F1 e tenho ideias sobre o que podemos fazer. Não posso ainda partilhá-las publicamente, mas quero falar nelas com as equipas e a FIA, para começarmos a estudar e a elaborar um plano para os próximos três a cinco anos». Ou seja, não haverá grandes mudanças até 2020, mas para que haja depois tem de se começar a trabalhar já.
No imediato, o foco de Brawn vai para o espectáculo que é necessário proporcionar aos fãs e para as condições de sobrevivência das equipas pequenas. «Temos de encontrar soluções para que as equipas pequenas consigam sobreviver, ter condições para desafiar a hierarquia da Fórmula 1 e ser comercialmente saudáveis. De momento é um grande desafio para elas, mas temos de encontrar formas de ter uma F1 mais consistente de uma ponta a outra do pelotão».
Já em relação ao «show», Ross Brawn teve declarações curiosas à «BBC Radio5»: «A simplicidade deve ser o nosso objectivo porque, nestes últimos anos, segui a F1 como espectador e houve alturas em que nem mesmo eu consegui ter a certeza do que se estava a passar na corrida… Os fãs querem ver corridas e perceber o que se está a passar, mas há vários tipos de fãs e é aí que as coisas se complicam».
E Brawn explicou a sua visão: «Há os fãs que vão às corridas, os que vêm na TV e os que acompanham noutras plataformas e teremos de encontrar um equilíbrio entre os desejos de todos eles. Por exemplo, teremos de garantir que a corrida seja o melhor ’show’ possível para quem vai às pistas, um programa em que os fãs se sintam entretidos do princípio ao fim. Teremos de ir por aí». Aos poucos, as coisas parecem começar a mexer… Não se esperem revoluções imediatas, mas haja paciência para uma nova era que se anuncia para a F1!