O espectro da concretização das ameaças de abandono da F1 por parte da Red Bull (e, claro, Toro Rosso) fez voltar à discussão a possibilidade de as equipas alinharem três carros cada uma, de forma a comporem as grelhas dos Grandes Prémios. «Já tivemos essa discussão, se uma equipa sair, os terceiros carros poderão ser uma solução para completar as grelhas», referiu Toto Wolff, embora reforçando: «Mas a grande prioridade é fazer com que a Red Bull continue na F1».
Ninguém tem qualquer pista quanto à decisão que a Red Bull poderá tomar, mas a F1 tem de se preparar para o cenário mais negro que seria o da partida das duas equipas propriedade da marca de bebidas energéticas. Nesse caso, as principais equipas poderiam alinhar um terceiro monolugar cada uma, para um terceiro piloto que desse os primeiros passos na disciplina. Exemplos há muitos: a Mercedes tem Pascal Wehrlein; a Ferrari, Raffaele Marciello; a Williams, Alex Lynn; a McLaren, Stoffel Vandoorne, etc.
«Há muitos pilotos jovens e talentosos no mercado», lembrou o director desportivo da Mercedes. «Poderíamos pô-los em carros competitivos e ter um forte pelotão de 24 monolugares. Para mim seria uma solução fantástica, mas apenas uma solução de recurso», insistiu.
E Wolff explicou a sua insistência para que a Red Bull se mantenha na F1 mesmo se, defendendo os interesses da sua equipa, aconselhou a Mercedes a não fornecer motores àquela equipa: «Não seria a melhor notícia para o nosso desporto que uma equipa com a qualidade da Red Bull abandonasse. Provocaria graves danos à F1 e daria uma má imagem à disciplina. Por isso espero que, qualquer que seja a decisão deles, seja a favor da F1 e pelo crescimento da F1», concluiu Wolff, reconhecendo não ter qualquer ideia de qual será o epílogo das ameaças da Red Bull.