Apesar de ter abandonado os planos de introduzir a estrutura em halo para proteger os habitáculos dos Fórmula 1, em 2017, a FIA pediu às equipas para prosseguirem com os testes, de forma a recolherem mais dados e opiniões para futuro desenvolvimento. Pois o primeiro treino livre do G.P. da Bélgica ficará marcado pela maior concentração de halos da história da Fórmula 1, com quatro equipas a fazerem as experiências solicitadas por Jean Todt.
A configuração da pista de Spa não será estranha a este esforço conjunto, devido à pronunciada subida do Raidillon que se segue à curva de Eau Rouge. E uma das dúvidas que a estrutura em halo coloca é precisamente a limitação que pode colocar ao piloto em termos de visibilidade superior, logo numa zona do circuito em que todos dizem só ver… céu durante uma fracção de tempo!
Além de Nico Rosberg, de que já tínhamos dado notícia (e que já se mostrara favorável ao halo antes mesmo de o testar), também Nico Hulkenberg (Force India), Daniel Ricciardo (Red Bull) e Carlos Sainz (Toro Rosso) irão experimentar o halo nas primeiras voltas do treino livre. Hoje, aliás, já foram captadas imagens do Mercedes, Red Bull e Force India com a estrutura montada, só não tendo sido visto o Toro Rosso.
«Estou muito curioso com este teste, mesmo que seja apenas na volta de instalação», referiu Hulkenberg. «Tenho curiosidade para ver até que ponto afecta a visibilidade porque penso que, de todas as pistas para o experimentar, Spa é a mais apropriada porque tem muitos altos e baixos».
Outra opinião curiosa para escutar será a de Daniel Ricciardo, pois foi ele a experimentar, na Rússia, o sistema alternativo proposto pela Red Bull, o Aeroscreen, podendo por isso fazer uma breve comparação entre os dois. Já Sainz mostrava-se muito satisfeito por realizar este teste: «Parece que nos estão a dar ouvidos… Depois da Alemanha dissemos que todos o devíamos experimentar e dar a nossa opinião. E esta é a pista ideal porque, no fundo, é um teste de visibilidade que encontra o local perfeito para ser feito em Eau Rouge».
Apesar de a protecção dos habitáculos ter sido adiada para 2017, tudo indica que os trabalhos continuam a «todo o gás» para que seja introduzida nos monolugares de 2018.