Com um estádio inteiro a gritar o seu nome, Nico Rosberg estava feliz com o regresso às vitórias conseguido no G.P. do México, quase cinco meses e meio desde a última, na Áustria: «É sem dúvida o mais belo pódio do ano! Foi um dia fantástico e uma grande luta com o Lewis que atacou sempre. A corrida foi bem gerida pela equipa e consegui uma pequena vantagem sobre o Lewis mas depois, com o ‘safety car’, tive de me defender no recomeço e voltar a abrir esse avanço».
Quanto à alteração estratégica que o levou a parar uma segunda vez, Rosberg referiu não ter ficado preocupado: «Porque tínhamos um avanço suficiente, a equipa decidiu que devíamos jogar pelo seguro e parar uma segunda vez. Mas mudar de táctica implica, obviamente, os dois carros, não tinha com que me preocupar», explicou o alemão que se disse ainda «muito feliz com esta vitória que permite que recupere o 2.º lugar no campeonato do Mundo».
Desta vez, apesar de ter atacado a corrida toda, Lewis Hamilton não conseguiu roubar a vitória a Rosberg e foi o primeiro a homenageá-lo: «O Nico guiou uma corrida fantástica e não cometeu quaisquer erros. Fiz tudo o que podia, forcei ao máximo todas as voltas para me aproximar sem ‘torrar’ os travões, mas foi o máximo que consegui. Assim que nos aproximamos, começamos a perder apoio aerodinâmico e, nesta pista, em que a aderência já é baixa, fica muito difícil».
O tricampeão do Mundo estava fascinado com o ambiente vivido nas bancadas do autódromo Hermanos Rodriguez: «Hoje diverti-me bastante nesta corrida e nunca vi uma multidão assim! Um ambiente fantástico parece que estamos num jogo de futebol!». Quanto à polémica da segunda chamada às «boxes», que chegou a contestar, explicou: «Isso agora é irrelevante… Mas a equipa tinha preocupações quanto à segurança e quando se trata de segurança limitamo-nos a seguir ordens».
Por fim, Valtteri Bottas não só estava satisfeito com o lugar no pódio como definia o resultado numa frase com muito significado: «Hoje corremos como uma equipa vencedora, com as decisões certas em termos estratégicos. Foi uma corrida agitada e a equipa fez um mega trabalho. A primeira troca de pneus foi muito cedo mas foi quando estava prevista porque já sabíamos que íamos sofrer com o desgaste rápido dos pneus traseiros».
Quanto ao seu acidente com Kimi Raikkonen, o piloto da Williams recusou que fosse o «pagamento» do sucedido na Rússia, quando ficou sem um pódio na última volta: «Não é nada pessoal, nem pensei na Rússia, nem tinha de acabar assim. Vi uma oportunidade e naquela situação costuma haver espaço para dois carros, de certeza que ele me viu, mas eu não posso desaparecer… Se ele quiser falar comigo tudo bem, mas não tenho nada para falar com ele, como disse não é nada de pessoal». E os comissários também acharam tratar-se de um simples incidente de corrida.