Apesar de Monza ainda ter contrato para receber o G.P. de Itália em 2016, a discussão em torno da renovação do acordo com Ecclestone tem vindo a «aquecer». Porque o dono dos direitos da F1 acha que é tempo de os italianos pagarem a mesma fortuna que pede aos restantes promotores, pouco lhe interessando o carácter histórico da prova. E porque do lado de Monza não há, segundo dizem, disponibilidade financeira para satisfazer os apetites insaciáveis de «Mr. E.»…
A ajuda estatal ao G.P. de Itália já chegou à aprovação de uma isenção de taxas para a organização da prova, mas parece que nem isso chega para garantir a continuação da «catedral da velocidade» no Mundial de F1. E, numa escalada de argumentos, os italianos jogaram forte, com o próprio primeiro-ministro, Matteo Renzi, a ser muito frontal: «A Fórmula 1 baseia-se não apenas no dinheiro mais também em símbolos e iremos dizer isso claramente a Bernie Ecclestone: ‘Tire as mãos do Grande Prémio em Monza’!», declarou Renzi que assistirá à corrida, no domingo.
Já Ecclestone, no seu tom habitual, limitou-se a declarar ao «Corriere della Sera»: «Para 2016 a corrida está garantida, mas não para além disso». E quanto às notícias de que havia uma petição com milhares de assinaturas para que Monza continuasse a receber a F1, respondeu friamente: «Recolher assinaturas é muito fácil. O que eles têm é de assinar um contrato. Ficarei feliz se as pessoas de Monza o quiserem fazer. Durante anos, as pessoas do Autodromo fizeram o que quiseram. Mas esse modelo já não funciona, o mundo mudou…».