A «saúde emocional» da Fórmula 1 é, habitualmente, estabelecida pela opinião pública em função de haver muitas ou poucas ultrapassagens em cada corrida. Parte-se do princípio que, quanto mais ultrapassagens houver, mais emocionante é a corrida, o que tem um lado de verdade, embora seja um raciocínio um pouco redutor…
Nesse aspecto, a época de 2015 tem sido bastante interessante, se exceptuarmos a primeira corrida, na Austrália, de facto aborrecida. No conjunto dos quatro primeiros Grandes Prémios foram contabilizadas 149 ultrapassagens em pista (ganhos de lugares nas «boxes» não são para aqui chamados), numa média de 37,25 por corrida. Mesmo assim, um pouco abaixo das 167 verificadas, pela mesma altura, em 2014 (41,75 por corrida).
A prova mais «agitada» foi a Malásia, com 67 ultrapassagens (só 12 foram de Raikkonen), seguindo-se o Bahrain (43), a China (29) e a chata corrida de abertura, em Melbourne, com apenas 10.
Esta é, contudo, uma estatística que vale o que vale e, podendo ser um indicador, não mostra inequivocamente que esta época esteja a ser pior que a anterior. Por exemplo, basta um dos pilotos da frente ter um problema na qualificação e sair do final da grelha para o número de ultrapassagens crescer. E este ano temos tido luta directa pelas vitórias, o que não sucedeu em 2014…
Por pilotos, os mais «ultrapassantes» são Raikkonen e Maldonado (15), seguidos por Nasr (12), Rosberg e Verstappen (11), Ricciardo, Grosjean e Perez (9).