«Que corrida!», exclamava Lewis Hamilton no pódio de Hockenheim, encantado pela vitória e, certamente, pelos 13 pontos ganhos a Nico Rosberg na luta pelo título. «Obviamente que ontem não estava muito contente com o 2.º lugar, mas hoje fiz um arranque magnífico e tive um carro fantástico. A corrida foi, basicamente, manter a cabeça fria e cuidar do motor. E acho que não cometi qualquer erro, por isso só posso estar satisfeito comigo próprio, depois de um dia que não foi perfeito, mas vamos aprendendo sempre com essas coisas!».
Foi a segunda prova consecutiva em que um arranque perfeito colocou Hamilton à frente de Rosberg e, basicamente, decidiu a corrida a seu favor. Isto depois de várias provas perdidas precisamente na partida… «Temos trabalhado muito nesse aspecto. Há uma pessoa com quem trabalho nessa área e tem sido uma época de altos e baixos nos arranques, o que não é culpa dele nem minha, tem apenas a ver com estas embraiagens que são tão sensíveis. Mas temos trabalhado muito e conseguimos alguma consistência na precisão de todo o procedimento de largada. E hoje acho que foi a melhor que consegui!».
Por fim, Hamilton não garantiu que vá mesmo montar um novo motor em Spa (o sexto), penalizando de propósito para ficar com uma nova unidade, depois do que fez na corrida de hoje que terminou com Ricciardo a apenas 7 s: «Hoje consegui poupar muito o motor, por isso eles ficaram tão perto. Era a vantagem de que precisava… Mas com o que poupei hoje pode ser que o possa usar à vontade na próxima corrida. Mas será em Spa ou em Monza, porque irei ficar sem motores muito em breve».
Daniel Ricciardo estava tão feliz pelo segundo lugar obtido no seu 100.º Grande Prémio que até… bebeu champanhe pela sua própria bota! «Logo nos treinos percebemos que tínhamos um bom ritmo de corrida mas, conseguirmos um duplo pódio mais de um ano depois é fantástico!». E o futuro apresenta-se risonho: «Olhando para o que temos feito este ano, as nossas prestações assemelham-se às de 2014 e, nesse ano, estivemos bastante fortes em Spa. Vamos tentar ficar ainda mais perto dos Mercedes, acho que é perfeitamente possível!».
Ricciardo agradeceu a Max Verstappen o belo trabalho de equipa, por o holandês ter facilitado a sua ultrapassagem a caminho do 2.º lugar, numa fase em que, pelas estratégias distintas adoptadas – cada um cobriu um dos pilotos da Mercedes – , estava bastante mais rápido. «Deixei-o passar porque já tinha tido um problema com o segundo jogo de pneus que não foi muito bom e desgastou-se muito depressa e, depois, perdi tempo com o incidente com o Nico», explicou o jovem holandês.
Quanto ao incidente com Rosberg, Verstappen contou: «Ele estava muito longe e travou verdadeiramente tarde. Cheguei a pensar que íamos bater e abri a trajectória, mas ele acabou por nem virar e tive de sair da pista, senão teríamos batido. Não foi muito bom… O Lewis sabe como é… [Hamilton, ao lado, ria-se e provocava-o]. Depois disso só tive de controlar a distância para ele, pois sabia que seria penalizado em cinco segundos e que resolveria o assunto na troca de pneus seguinte».