As equipas de F1 não ficaram nada satisfeitas com a reintrodução do tema «reabastecimentos» nas discussões da alteração de regulamentos para 2017. E Claire Williams, directora da equipa Williams, defende mesmo que esse regresso ao passado irá contra a imagem que a nova F1 híbrida quer passar de maior eficiência energética, o que é negativo.
«Os construtores gastaram centenas de milhões de euros nestes novos grupos propulsores híbridos que são de enorme relevância para a indústria automóvel e para o tema da eficiência energética que marca a nossa sociedade actual», salientou Williams, antes de contrapor: «Trazer agora de volta os reabastecimentos e fazer com que a F1 apareça como um desporto que queima gasolina sem limites envia uma mensagem totalmente errada! Por isso sou totalmente contra essa ideia».
A directora da Williams é acompanhada pelo seu director-técnico, Pat Symonds, que aborda o regresso dos reabastecimentos por outra perspectiva: «Influencia negativamente o espectáculo da competição e retira qualquer incerteza às provas», diz, explicando: «Agora, determinamos os ‘pit stops’ em função do que os pneus podem aguentar, mas podemos ajustar a estratégia de acordo com outras variáveis da corrida e com o que os nossos adversários estão a fazer. Com os reabastecimentos, se decidirmos que paramos, por exemplo, à volta 24, temos mesmo de parar à volta 24. Não podemos ir além disso e parar antes tem um ‘custo’ muito elevado».
E Symonds acrescenta: «Lembrem-se só dos tempos em que havia reabastecimentos. Tivemos corridas muito melhores nos anos seguintes à sua proibição… E já nem quero falar no aspecto da segurança por todos querermos manter ‘pit stops’ muito rápidos, porque a verdade é que é perfeitamente possível reabastecer de forma muito rápida e em segurança».