A Williams conseguiu perceber rapidamente o que provocou os furos consecutivos de dois pneus traseiros-esquerdos no carro de Felipe Massa, durante o primeiro treino livre do G.P. da China, tendo o primeiro deles provocado mesmo o despiste do brasileiro: as condutas de ar para os travões traseiros sofreram uma alteração mínima para lidarem com as maiores exigências da pista chinesa, mas suficiente para tocarem nas jantes e danificarem-nas; e estas, por sua vez, destruíam os pneus!
«Esta não era fácil de ver, mas assim que percebemos até foi fácil de resolver», reconheceu Pat Symonds, director técnico da equipa que explicou: «As condutas eram, basicamente, as mesmas que usámos no Bahrain, mas com uma alteração mínima». Suficiente, contudo, para raspar nas jantes, acabando por quebrá-las por dentro. O que dá uma ideia da dureza da fibra de carbono em que aquelas condutas são construídas!
A equipa tinha concluído logo de início que os furos repentinos estavam ligados a uma quebra das jantes, sendo no pneu esquerdo por ser esse o lado mais solicitado na pista de Xangai. Poderia ser uma preocupação grande se se tratasse de uma fragilidade do material, mas também era demasiado estranho, já que as jantes são todas provenientes do mesmo fabricante e nunca tinham mostrado problemas. Daí o aprofundar da investigação que levou à descoberta da influência nefasta da pequena alteração das condutas de ar para os travões…
Um achado que deixou Massa bastante aliviado: «Se não soubesse o que tinha sido é que me sentiria afectado, pois ficaria sempre na dúvida se o pneu iria voltar a rebentar ou não…», explicou o brasileiro. «Mas a equipa percebeu o que se passou, resolveu o que estava mal e fizemos uma segunda sessão com longas séries de voltas sem quaisquer problemas. Para amanhã, como as condições deverão ser diferentes, pois espera-se chuva, estaremos prontos, certamente».