A Williams acusa a FIA de se ter enganado na medição da temperatura de um dos pneus do carro de Felipe Massa, na grelha de partida para o G.P. do Brasil, o que levaria à desclassificação do brasileiro que terminou a corrida na 7.ª posição. Segundo os comissários, o pneu traseiro-direito estaria 27 ºC acima do limite máximo autorizado de 110 ºC, o que é, de facto, uma discrepância grosseira…
Rob Smedley, director de operações da Williams, diz não perceber como pôde o aparelho de medição por raios infravermelhos da FIA ter acusado 137 ºC, quando os dados da equipa acusavam 107 ºC… «Temos dois sensores independentes, um dentro do cobertor térmico que indicou uma leitura de 104 ºC quando foi retirado e o do carro que indica 107 ºC. Portanto, os nossos dois sensores indicam que aquele pneu estava dentro dos limites legais», referiu Smedley, justificando assim o recurso apresentado.
«Além disso, adquirimos exactamente o mesmo sensor que a FIA usa para fazermos medições aleatórias ao longo do fim-de-semana. Portanto, para nós é crucial perceber o que se passou, pois temos três medições independentes e nenhuma delas acusou nada de semelhante com os valores que a FIA apresenta», acrescentou Smedley.
Além disso, o engenheiro britânico acrescenta um dado que parece óbvio: «Se o pneu estivesse 27 ºC acima da temperatura, teria havido um aumento da pressão que teríamos detectado! Estamos a falar de 2,4 a 3 psi a mais, uma enormidade…». De facto, parece que algo de invulgar se terá passado. E se, para já, a resposta dos comissários é que a medição da FIA é que conta, sobrepondo-se às três apresentadas pela equipa, restará agora ver quais os argumentos apresentados no julgamento do recurso.
PS – Relato do Grande Prémio e classificação foram, entretanto, actualizados.