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O que muda nas regras para 2015

Como sempre sucede no início de cada época, também 2015 conta com alterações aos regulamentos técnicos e desportivos da Fórmula 1. Este ano são apenas pequenos «retoques» que aqui resumimos:

Narizes
Para tentar acabar com as frentes muito feias que marcaram os carros dos últimos anos e que desagradaram os fãs, a FIA estabeleceu uma série de áreas obrigatórias ao longo do «nariz» dos carros, embora sem medidas concretas, apenas dando áreas de secções específicas a cumprir. O que, permitindo ainda alguma imaginação aos projectistas, lhes cortou em muito a liberdade criativa. A ideia é fazê-los cumprir as regras de segurança mas limitando-lhes a margem de manobra que, nos últimos anos, resultou em monolugares quase sempre pouco apelativos. E a parte visual do espectáculo não pode ser descurada!

Peso
O peso mínimo do carro, sem combustível, subiu de 691 para 702 kg, de forma a proteger os pilotos, reduzindo a influência do seu peso. Nos últimos anos começou a atingir-se níveis pouco saudáveis de dietas alimentares dos pilotos para se tornarem o mais leves possíveis, de forma a não perderem vantagem competitiva, o que prejudicava os mais altos…

Motores
O número máximo de grupos propulsores disponível por piloto, para toda a época, baixou de cinco para quatro. A partir daí, qualquer motor ou componente adicional implicará penalizações em lugares na grelha ou, se tal não for aplicável, em tempo a adicionar na classificação final. Outra alteração foi a permissão de introduzir desenvolvimentos no motor ao longo de todo o ano e não, como estava antes previsto, apenas até 28 de Fevereiro. Os três construtores que transitam do ano passado têm 32 «fichas» que podem usar quando quiserem e que correspondem a alterações de 48% do motor. A Honda terá direito a menos.

Testes
Haverá três sessões de testes pré-temporada: uma em Jerez de la Frontera (1 a 4 de Fevereiro) e duas em Barcelona (19 a 22 de Fevereiro e 26 de Fevereiro a 1 de Março). E duas durante a temporada, de dois dias, após os Grandes Prémios de Espanha e da Áustria. Destes quatro dias, em dois os carros terão de ser guiados por jovens pilotos que não tenham guiado em mais de dois Grandes Prémios.

Safety Car
Confirma-se a introdução do chamado Safety Car Virtual, testado depois do acidente de Jules Bianchi no Japão, ocorrido numa zona de bandeiras amarelas, por se ter percebido da dificuldade de obrigar os pilotos a abrandarem de forma efectiva numa zona de acidente. Os pilotos passarão a ter de cumprir as partes da pista sob bandeira amarela num determinado intervalo de tempo que lhes aparece no ecrã do volante, sendo sujeitos a penalizações se o não fizerem.
O Safety Car reentrará nas «boxes» assim que o último carro «dobrado» o passar, para a corrida recomeçar o mais depressa possível. E o reinício será com partida lançada, tendo sido abandonada a ideia de nova partida parada.

Pontos a dobrar
Acabou-se a «invenção» dos pontos a dobrar na última corrida. Este ano, em todos os Grandes Prémios os dez primeiros pontuarão sempre da mesma forma. A saber: 25 – 18 – 15 – 12 – 10 – 8 – 6 – 4 – 2 – 1.

Penalizações
Descuidos nas paragens nas «boxes» serão penalizados com 10 s na paragem seguinte ou somados ao tempo de prova. Uma saída perigosa pode levar a stop-and-go de 10 s e um carro poderá ter mesmo de partir das «boxes» se algum elemento da equipa ou equipamento ficar na grelha após o sinal de 15 segundos para a volta de formação.

Super-licença
A entrada de Max Verstappen na F1, aos 17 anos, e o ruído que provocou levou a FIA a alterar as regras de acesso à superlicença, começando por limitar a idade a mais de 18 anos. Além disso, os pilotos têm de ter somado 40 pontos numa série de categorias determinadas pela FIA (do GP2, GP3, WEC a uma Fórmula 2 que ainda está para ser criada), mas com prejuízo das World Series by Renault 3.5 que tem fornecido vários pilotos de qualidade…


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Acerca do Autor

Enviado-especial do jornal «A Bola» a largas dezenas de Grandes Prémios, nunca deixou de reportar sobre o Mundial, tendo nos últimos anos alargado a sua experiência aos comentários televisivos.