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Quatro anos depois do acidente, o que se sabe de Schumacher?

Já passaram quatro anos… A 29 de Dezembro de 2013, a tarde ia tranquila com poucas notícias como é habitual nesta altura do ano quando, de repente, explodiu a bomba: Michael Schumacher, o heptacampeão do Mundo de F1, que se retirara no final da época de 2012, sofrera um grave acidente de esqui na estância francesa de Méribel, numa descida juntamente com o filho Mick e alguns amigos. Fora evacuado de helicóptero e o traumatismo cranioencefálico inspirava cuidados, era só o que se sabia…

Nas primeiras horas, nos primeiros dias, mal podiam os milhares de fãs do campioníssimo alemão saber o que estaria pela frente. Quatro anos de um longo silêncio, uma autêntica muralha construída em torno do estado de saúde de Schumacher, praticamente sem fugas que se possam considerar fidedignas. Única certeza: o alemão não consegue andar. Porque isso foi garantido pelos seus advogados em tribunal, num processo movido contra a revista alemã «Bünte» que fizera manchete com os primeiros passos de Schumacher… Se fala, se mexe alguma parte do corpo, se reconhece pessoas ou se tem, como se disse, falhas de memória, nada disso está confirmado.

Naquele dia, Schumacher descia uma das pistas do complexo de Méribel, até decidir cruzar por uma zona fora de pista sinalizada como perigosa, tendo caído e batido com a cabeça numa rocha. O capacete ter-lhe-á evitado a morte, mas não o livrou dos profundos danos a nível cerebral que levaram os médicos do hospital de Grenoble a colocá-lo num coma induzido, de que começou a sair apenas no início de Abril de 2014. Em meados de Junho, já consciente, foi transferido para Lausanne, na Suíça onde mora, regressando a sua casa em Setembro para iniciar o que se anunciava como um longo período de recuperação.

Entretanto, foi montada a tal cortina de silêncio à volta do seu estado de saúde que tem dividido os seus fãs, entre os que aceitam por concordarem com a tese da família de que esse é um assunto do foro privado e os que discordam por acharem que, sendo Schumacher uma figura pública sempre muito acarinhada por milhões de fãs, estes mereciam saber mais sobre o que se passa com o seu ídolo.

Entretanto, a vida foi prosseguindo e a família Schumacher entrou numa outra normalidade. Enquanto Michael está permanentemente rodeado de uma equipa especializada no seu tratamento, o filho Mick começou a sua carreira de piloto e até já é embaixador da Mercedes, enquanto a filha Gina-Maria entra em competições de equitação. Ambos fazem vários «posts» nas redes sociais sempre com o «hashtag» #keepfighting que foi lançado para apoiar a luta de Michael, embora sem nunca referirem o pai.

Há quatro anos, num final de tarde de 29 de Dezembro em Portugal, o Mundo ficava chocado com a violência do acidente sofrido por Michael Schumacher, desportista de eleição, competidor «feroz» – ainda há cerca de duas semanas Fernando Alonso recordou que foi o adversário mais duro que alguma vez enfrentou – mas, acima de tudo, homem de permanente actividade e de um gosto especial pela exploração dos seus limites. Recorde-se que nos breves anos em que esteve afastado da F1, entre a saída da Ferrari (final de 2006) e a entrada na Mercedes (2010), Schumacher participou nalgumas corridas de… motos, tendo sofrido algumas quedas, uma das quais o deixou algo maltratado.

Na Fórmula 1 deixou um legado que se julgou sempre ser impossível de bater, embora agora já se comece a não ter certezas absolutas, depois de Hamilton o destronar de recordista de «pole positions». Mas os seus sete títulos mundiais – 1994 e 1995 com a Benetton, 2000 a 2004 com a Ferrari – serão quase inatingíveis e mesmo as 91 vitórias parecem solidamente estabelecidas (faltam 29 a Hamilton para o igualar). O alemão marcou uma era e foi um piloto a que poucos ficavam indiferentes, «navegando» entre paixões e ódios, como todos os grandes campeões de personalidade bem vincada.

Quem imaginaria que, depois de anos e anos a correr perigo de vida constantemente, iria ficar na situação em que hoje se encontra… Lá no fundo, parece que todos esperamos que esta cortina de silêncio seja apenas para que Schumacher recupere totalmente e apareça como sempre o conhecemos! Sonhar não custa…

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